Os indivíduos e as instituições podem usar os títulos de diferentes formas: da mais básica – como para preservar capital, poupar ou maximizar rendimentos – até formas mais avançadas – como para gerir o risco de taxas de juro e diversificar uma carteira. No entanto, as pessoas encaram os títulos, muitas vezes, como aborrecidas e antiquadas e as associam a presentes dos seus avós.

Os títulos também podem ser uma reflexão tardia, especialmente quando os investidores procuram títulos seguras para resistir a tempestades financeiras. Na verdade, os títulos são muito mais complexas e versáteis do que parecem e fornecem uma variedade de opções para os investidores em qualquer ambiente de investimento. Leia para saber como pode colocar os títulos a trabalhar para você.

1. Preservação de capital

Os títulos são comumente usados para preservação de capital. Embora este conceito funcione melhor com títulos que são encaradas como livres de riscos, como títulos do Tesouro dos EUA de curto prazo, os investidores podem aplicá-lo a outros tipos de títulos também. Os títulos são realmente eficazes na preservação de capital. Considerando que são essencialmente empréstimos com amortizações e vencimentos programados, os financiadores (detentores de títulos) podem esperar que os seus títulos retenham valor até o vencimento. (Versão simplificada da vida de um título: pode se verificar volatilidade significativa na medida em que as taxas de juro vigentes podem mudar e afetar o valor do título). Um título livre de riscos comprado pelo seu valor nominal e mantido até o vencimento deverá preservar o capital e fornecer um fluxo de caixa confiável.

2. Poupança

A poupança para o futuro tem sido um dos maiores usos dos títulos. Os títulos de poupança, como são apropriadamente denominadas, fornecem uma das abordagens mais seguras e testadas para a poupança de longo prazo. São vendidas em diversos formatos, incluindo a desconto e com pagamento de juros. Os títulos de poupança são desenhadas para serem detidas até a data de vencimento e são geralmente oferecidas como presente a investidores jovens para que estes aprendam sobre poupança.

3. Gestão de risco de taxas de juro

O risco das taxas de juro é um risco inerente a todas os títulos: o risco do preço da obrigação flutuar com as taxas vigentes. O risco existe pois o valor de um título corresponde ao valor atual dos pagamentos de juros futuros e ao retorno de capital aquando do vencimento. Devido a esta valorização, existe uma relação inversa entre o atual preço de um título e as taxas em vigor. Quando as taxas atuais sobem, por exemplo, com tudo o resto igual, o preço do título deverá cair. É um exemplo muito simples da relação entre as taxas de juro e os preços dos títulos e se aplica aos títulos de alta qualidade. Para mais, além das alterações às taxas de juro existem outros fatores de risco que podem afetar o valor de um título, como o crédito, a liquidez e a duração até o vencimento.

4. Diversificação

A diversificação é muitas vezes a mais negligenciada forma de uso de títulos. A geralmente baixa correlação entre os títulos e outras classes de ativos torna os títulos excelentes ferramentas para diversificar. Pode-se criar uma simples carteira de ações de larga capitalização e de títulos do governo dos EUA, por exemplo, onde a correlação cruzada entre os ativos é geralmente inferior a um. Embora seja raro encontrar dois ativos perfeitamente correlacionados negativamente a diversificação entre títulos e ações pode ajudar a suavizar as oscilações do mercado. Os títulos podem não ser sexy mas têm um lugar em cada carteira equilibrada.

5. Gastos futuros/Imunização

Os indivíduos recorrem frequentemente a títulos para futura necessidade de fundos. As instituições também usam esta estratégia em uma base mais complexa, chamada imunização. O conceito assume a duração do título e o fluxo de caixa esperado, facilmente alcançado usando um cupom zero em que o prazo de vencimento vai ao encontro da duração do título. Embora não forneça qualquer rendimento durante a vida do título, irá fornecer uma correspondência direta do valor.

6. Planejamento para o longo prazo

Um dos benefícios dos títulos frente a outras classes de ativos é que os títulos têm um fluxo de rendimento previsível que pode ser usado para financiar despesas futuras dos indivíduos ou responsabilidades (como pensões corporativas) das instituições. Esta é uma das razões pelas quais as instituições financeiras, como os bancos e companhias de seguros, usam títulos de longo termo para planejamento de longo prazo. Os títulos permitem que liguem os seus ativos a responsabilidades com um grau muito mais elevado de certeza do que o proporcionado por outras classes de ativos.

Os riscos dos títulos

É claro que nenhuma destas estratégias irá funcionar se o pagamento dos cupons do título ou o retorno do seu capital se tornar incerto. Os títulos de todas as qualidades carregam riscos inerentes – ao nível de crédito, de incumprimento e das taxas de juro. O risco de crédito e de incumprimento pode ser mitigado através da compra de títulos apenas de nível de investimento ou de títulos do governo, como do governo dos EUA. É importante notar, contudo, que até mesmo os títulos com grau de investimento podem rapidamente cair desse estatuto. O risco relacionado com as taxas de juro pode ser mitigado ao manter o título até a data de vencimento, com o valor nominal sendo devolvido no vencimento. Não assuma que não pode perder dinheiro no mercado de títulos – pois pode.

Conclusão

Os indivíduos e as instituições podem usar os títulos para planejamento de longo prazo, preservação de capital, poupança, maximização de rendimentos, gestão de risco relacionado com as taxas de juro e diversificação de investimentos. Os títulos fornecem um rendimento previsível através dos seus cupons e do seu valor nominal total se mantidas até o vencimento. Poderá a sua carteira incluir este “aborrecido” investimento?

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