Muitos traços que nos são familiares no MacDonald’s podem estar prestes a mudar. Isto porque está prestes a entrar em funções um novo CEO com ideias inovadoras. Conheça o significado desta mudança.
Existe muita informação sobre Steve Easterbrook, o britânico de 48 anos que vai ser o novo CEO do Mcdonald’s a 1 de Março. Informações da BBC, Business Insider e do Financial Times relatam os dias de jogos de cricket na universidade de Durham, o seu mandato enquanto chefe da Mcdonald’s no Reino Unido e depois da Mcdonald’s Europa, e a sua recente e sucedida passagem pelos restaurantes britânicos PizzaExpress e Wagamma enquanto CEO.
Numa longa entrevista, Easterbrook sentou-se com os Reboot Partners Dean DeBiase, algumas semanas antes do anúncio da sua promoção, ele ofereceu algumas pistas sobre o que ele vê no futuro da mais icónica cadeia de comida rápida da América.
DeBiase perguntou a Easterbrook se a palavra - “reviravolta”- estava a ser usada internamente na McDonald’s. A resposta foi um inequivocável “sim”, ao qual Easterbrook acrescentou:
“A realidade é que temos nove trimestres em queda. Isso origina uma tendência significativa… e temos que ativamente resolver a situação. A primeira coisa a fazer é “indicá-lo.“
Easterbrook fez algumas decisões agressivas em 2006, quando ele estava a tentar voltar aos anos dourados, a McDonald’s teve que fechar 25 lojas no UK devido a baixas vendas. Uma dessas decisões foi envolver-se num debate público, prolongado, com Eric Schlosser, um documentarista e autor da Fast Food Nation, e um duro crítico da McDonald’s. A sua discussão começou com as fortes palavras de Easterbrook ’s no The Guardian (“Eu considero uma ofensa quando as pessoas desvalorizam os nossos empregados e deturpam a nossa imagem como empregador…”) e escalou com Easterbrook e Schlosser a discutir em direto no Newsnight da BBC.
Steve Easterbrook
Na Entrevista do mês passado, DeBiase perguntou a Easterbrook, “O que estás a fazer para atrair as gerações mais novas?” Easterbrook começou a falar com a premissa da questão, dizendo que frases como “as gerações mais novas preferem comidas rápidas e sobremesas do McDonald’s” são “de forma alguma verdade”.
Contudo, ele disse, que a McDonald’s esta interessada em prestar “um papel mais significativo e funcional” nas vidas destes consumidores muito procurados.
“Durante quase 59 anos nós sempre pedimos aos clientes para se enquadrarem no nosso modelo de negócio”, ele ainda acrescenta. “Mas os desejos das pessoas estão a mudar. Eles querem ser tratados como indivíduos, não como números. Dessa fora, a personalização e a customização são cada vez mais importantes.”
Também disse, “É por isso que a McDonald’s esta a trabalhar num tipo de menu onde o cliente: “ faz o seu hambúrguer”.
O plano é “devolver o poder ao consumidor” disse Easterbrook, e “eu consigo ver a tecnologia a fazer a maior parte do trabalho difícil” (De facto, Easterbrook recentemente anunciou que a equipa digital da companhia no US se vai expandir de 20 para 200 e até 250 este ano num novo escritório em Chicago.
No futuro, disse Easterbrook, o cliente da McDonald’s não vai só ter a possibilidade de escolher entre pedir ao balcão ou pelo drive-in; vão existir “quatro ou cinco maneiras diferentes de experimentar todo o serviço de atendimento da McDonald’s”. Ele ainda mencionou pedidos pelo telefone e online, nos quiosques dos restaurantes e “talvez fazer o pedido com antecedência e quando estiver a estacionar no parque de estacionamento através de localização geográfica, nós reconhecemos o cliente e levamos-lhe o seu pedido.”
Easterbrook tem muito trabalho pela frente, tendo em conta os desafios que a McDonald’s esta a enfrentar neste momento mas ele parece ter muito entusiasmo- já para não falar na vontade de se dedicar a questões difíceis. Se os consumidores forem levados pelas suas palavras ou atraídos pelas suas iniciativas é algo que ainda fica por averiguar.