A cerveja é uma commodity considerada como “investimento alternativo”. Porém, apesar de pouco convencional, é um investimento especialmente seguro. Aprenda como investir em cerveja.
Ao abrir a sua cevada preferida mesmo antes do início de um jogo do Real Madrid, estava provavelmente mais concentrado em avaliar a condição física do Cristiano Ronaldo do que na quantidade de valor que foi retirado do seu leque de commodities o ano passado.
Mas apesar desta distração, a verdade é que muitos dos nossos leques de commodities sofreram durante a segunda metade de 2014.
Contudo, a resposta a termos ganho de volta alguma dessas perdas pode estar nessa agradável cevada que está a bebericar.
A cerveja não é uma commodity tradicional, não existem mercados futuros associados à mesma, mas é considerada um investimento alternativo. E enquanto é provável que hajam alguns passes mal feitos no jogo do Real, as ações de cerveja são tipicamente boas jogadas, independentemente das condições económicas.
Quem é quem
Como o vinho, algumas cervejas beneficiam de um envelhecimento alargado. De acordo com a Wine Enthusiast, envelhecer a cerveja pode abafar notas intensas, fundir a confusão de sabores, e aumentar a complexidade, aumentando assim o valor da cerveja.
As melhores garrafas para guardar são as cervejas de malte, encorpadas, e as que têm o maior teor de álcool. Boas apostas incluem a Imperial, cerveja escura do tipo stout, a cerveja doce belga do tipo lambic, cerveja forte belga, e vinhos de cevada.
Infelizmente, nem toda a gente consegue ser um produtor como Jim Koch – fundador da Samuel Adams, que é agora a Companhia de Cerveja de Boston (SAM), cujas vendas excedem os dois milhões de barris por ano.
De facto, não é nada fácil de começar e ser um micro produtor de sucesso, pois a competição continua a crescer. Apenas 200 cervejarias estavam em acção nos anos 80; hoje em dia, o numero ronda as 1600 (nos Estados Unidos).
É muita competição se se quiser começar a nossa própria produção de cerveja, mas é também uma grande margem para escolher se se estiver à procura para investir.
A Craft Brewers Alliance (BREW) é uma produtora reconhecida. Contudo, a maioria dos nomes não estão registados, o que quer dizer que a melhor aposta numa micro produtora está na rota do capital de risco ou igualdade privada.
Os investidores devem também ficar pelas marcas mais baratas, como os produtos da InBev como a Budweiser e Stella Artois, que tendem a desempenhar bem durante tempos difíceis economicamente. Outros nomes a considerar a par do “Rei das cervejas”, Anhauser-Busch (BUD), são SAB Miller (SAB.L) e Molson Coors (TAP). Diageo (DEO) também é um bom investimento, porque tem ofertas fortes na América do Norte e na Europa com marcas como a Guinness, Harp, Kilkenny, e Red Stripe.
Mas não tem de se manter fiel a apenas uma cerveja…
Faça o seu próprio pack de seis
Se preferir diversificar as marcas, pode optar por um índice.
O Index de Produtores de Cerveja dos Estados Unidos da Dow Jones (DJUSDB) e o Index de Destilarias e Vinheiros dos Estados Unidos da Dow Jones (DJUSVN) são dois a seguir.
Investir na linha da distribuição de cerveja também é uma boa opção. Os entusiastas podem comprar ingredientes e pacotes através de companhias de agricultura, alumínio e de distribuição.
Além disso, há novas inovações na tecnologia da produção cujo objetivo é melhorar a indústria como um todo; contudo, estes são investimentos tipicamente longe do puro jogo, por serem seguros.
Por isso, em vez de chorar sobre a sua cerveja por a sua equipa ter perdido, pense antes no seu investimento.