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Muita gente ambiciona criar o próprio negócio mas acaba por desistir da ideia por duvidar das suas capacidades de empreendedor. Podemos sempre tentar, e descobrir se somos empreendedores ou não observando o resultado da tentativa, mas há sempre riscos envolvidos. Felizmente nós revelamos-lhe 7 sinais que podem ajudar a detetar de antemão se você tem realmente instinto de empreendedor.

Tenho estado a pensar em criar a rúbrica "Você pode ser um empreendedor". Por outras palavras, pequenos sinais inesperados de que você tem o que é preciso para superar a desafiante, árdua, e radical tarefa de começar o seu próprio negócio.

Sim, tem de ser apaixonado, resiliente, e mais outras coisas boas. Mas existem outras qualidades subtis que também precisa de ter. Ao trabalhar em rede com outros empreendedores pelo Hootsuite ao longo dos anos, e acompanhar de perto os novos jovens promissores a partir da minha fundação The Next Big Thing, apercebi-me que muitos de nós empreendedores partilhamos os mesmos traços de caráter. Por isso sem adiantar mais, é possível que você seja um empreendedor se…

1. É resiliente, e nenhuma conquista para si é boa o suficiente

Quando a grande maioria das pessoas atinge um objetivo pensa "Consegui! Agora é tempo de descansar, e desfrutar um pouco." Enquanto isso um empreendedor pensa "Ótimo, o que se segue?" Se tomar como exemplo a criadora Coco Chanel, ela começou por criar uma linha simples de chapéus, depois estendeu-se para as linhas de roupa feminina, e acabou por se mudar para o mundo das joias, perfumes e acessórios. Na altura da sua morte em 1971, a Chanel não só era uma marca icónica, como também um império empresarial com lucros de 160 milhões de dólares ao ano.

2. É um controlador obcecado

Ao longo da minha carreira, eu tive de fazer um esforço consciente para manter o equilíbrio entre a gestão do meu negócio e ao mesmo tempo liderar e segurar as rédeas das pessoas talentosas que me circundavam. E ao que parece tenho vários amigos empreendedores que se debatem com os mesmos desafios. É muito bom ter um CEO que se preocupe com todos os pormenores da empresa. Mas quando essa pessoa precisa de estar envolvida a todos os níveis, torna-se exigente e quer ver as coisas feitas.

E isto pode stressar os funcionários, que estão lá precisamente para que não seja ele a fazer todas as tarefas. Felizmente podemos ter algum conforto ao saber que os super empreendedores como Elon Musk, Steve Jobs, e Bill Gates, são descritos como controladores obsessivos.

3. É um masoquista

Enquanto empresário tem de amar uma boa dose de dor e uma porção de riscos. Considere que 75% dos iniciantes falham. Assim sendo, só mesmo um masoquista para encarar de frente estas probabilidades, num caminho tão estreito. E no princípio nada é fácil, debate-se com dificuldades económicas, trabalha horas infindas, e fica sozinho enquanto todos os outros saem, vão ao cinema, sentir-se-á totalmente deslocado… e geralmente desacompanhado. Uma serie de empreendedores que começam e gerem negócio atrás de negócio, podem ser considerados ainda mais masoquistas, porque encaram novas aventuras mesmo sabendo de antemão o que os espera.

4. Tem uma relação de amor-ódio com o dinheiro

Os empreendedores por norma apaixonam-se pela possibilidade de fazer dinheiro, logo desde cedo. O jovem Warren Buffet, por exemplo, fez um roteiro de investimentos para o Washington Post, fez dinheiro a vender de tudo um pouco, desde bolas de golfe perdidas, pastilhas, selos e revistas tudo isto antes de concluir o secundário.

Mas finalmente, há mais empreendedores a serem menos movidos por questões de dinheiro e mais pela excitação que lhes é inata de se lançarem a novas aventuras, e pela liberdade e poder de controlo que dai advém. Nessa altura eu tinha chegado à faculdade, e as minhas próprias atitudes tinham começado a mudar. Eu estava num bom caminho, frequentava o curso de direito, no futuro seria um trabalho seguro e bem pago. Mas desisti para começar a trabalhar numa pizzaria, porque era mais desafiante e eu poderia fazê-lo à minha maneira.

5. Você é a ovelha negra ou até um perdedor

Grande parte dos empreendedores auto descrevem-se como sendo pessoas que não se enquadram com a maioria. Eu senti-me assim sem sombra de duvidadas, durante o secundário. Vários dos notáveis empreendedores acabaram por abandonar o sistema de educação tradicional. O titã da tecnologia Bill Gates, o bilionário Ted Turner, Li Kashing, Richard Branson e o fundador do McDonald Ray Kroc, são exemplos de empreendedores amplamente bem-sucedidos, que abandonaram os seus estudos durante o secundário ou na faculdade. Embora não sendo sempre fácil ficar à margem, é exatamente a capacidade de verem as coisas de maneira diferente que os distingue do resto do mundo, que ajuda o avanço da sociedade e que conduz à inovação.

6. As pessoas pensam que é louco

Tudo porque os empreendedores pensam numa onda diferente, por vezes as suas ambições parecem loucura aos olhos dos seus amigos e familiares. Principalmente depois destes delírios se tornarem realidade. Um bom exemplo é o caso de Ruth Hanler que criou a boneca de plástico mais icónica de todos os tempos: a Barbie. Nos anos 50 Handler esteve cara a cara com o ceticismo e o criticismo (até por parte do seu marido) ao propor a criação de uma boneca mais parecida com um adulto do que com um bebe ou uma criança. Partiu para esta ideia depois de ver a sua filha a brincar com bonecos de papel parecidos com adultos. Claro que, Handler avançou com a ideia independentemente de tudo e assim fez história.

7. É um tanto ou quanto introvertido

Para liderar um negócio precisa de ser extrovertido, não é? Bem, não necessariamente. Ora, ao que parece aproximadamente quatro em cada dez executivos incluindo o CEO da Google e o coadministrador Larry Pahe, são identificados com introvertidos. Assim como o criador do Facebook Mark Zuckerberg também ele conhecido por ser introvertido. As pesquisas sugerem que os introvertidos em ambiente de trabalho estimulam o bom ambiente e o espirito de equipa mais do que os seus pares opostos, os extrovertidos. Os introvertidos são conhecidos também por serem bons ouvintes, tolerantes, e essencialmente por serem ativos e desempenharem uma boa liderança. Conheço poucos empreendedores que sejam assertivos e que falem alto, principalmente em grandes grupos ou reuniões.

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