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Cada vez são mais comuns os escritórios abertos em vez de escritórios privados ou separados por cubículos. Tal deve-se a teorias arquitetónicas e sociais que aconselham à criação de infraestruturas que possibilitem a aproximação entre os colaboradores. Assim estaremos cada vez mais próximos, mas cada vez com menos privacidade.

A adoção em massa do escritório aberto destruiu as barreiras para a maioria dos trabalhadores e até mesmo a ideia do cubículo. A evolução do escritório está, agora, a fazer encolher também as secretárias. Uma razão, sem surpresa, para poupar na renda dos espaços caros colocando mais pessoas em espaços mais pequenos.

O espaço pessoal, contudo, está a ser ainda mais compactado por um conjunto de fatores arquitetónicos atuais e teorias de ciência social. Mais espaço de escritório está a ser dado aos espaços comunitários, salas de conferências e áreas de trabalho partilhadas. Tudo isto apresenta a ideia que menos espaço individual e mais espaço comum leva a uma interação fortuita e a um aumento da criatividade.

Knoll SVP David Bright disse:

“O balanço entre o espaço individual e o espaço comunitário mudou drasticamente, com o espaço partilhado e comunitário a ocupar uma porção maior de espaço do que antes.”

O espaço por trabalhador está regularmente a diminuir, com menos espaço reservado para cada pessoa.

Existe uma pesquisa sólida por trás da ideia. O trabalho, mais famoso, do professor do MIT Thomas Allen sublinhou a importância da iteração cara-a-cara para a criatividade, e descobriu que as pessoas raramente falam com os colegas de trabalho que estejam sentados a mais de 18 metros deles num escritório tradicional.

A forma em que estes dados de pesquisa se apresentam em escritórios reais varia. Num extremo, em Las Vegas temos a companhia de comércio eletrônico Zappos, que decidiu encerrar a maioria das entradas para os seus escritórios principais de modo a criar maior hipóteses de contato entre os seus trabalhadores. No mais expansivo mercado imobiliário permitido nos campus suburbano de tecnologia, isto pode tomar a forma de grandes cantinas ou vários cantos silenciosos para onde se podem retirar. Mas em pequenos mercados urbanos, um maior espaço comum é improvável ser livre ou silencioso, e vem em detrimento do espaço pessoal que já era compacto.

Queixas comuns sobre escritórios abertos, tais como ruído, distrações em geral e maior risco de contração de doenças serão apenas exacerbadas por uma mesa que não tem espaço suficiente para muito mais que um computador portátil e um telemóvel. Serendipidade é bom, mas um pouco de privacidade no local onde passa 10 horas por dia tem também valor.

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