A mais recente geração é conhecida por detestar receber críticas negativas e achar-se no direito de ter certas regalias. Mas já que a maioria dos funcionários do Facebook pertencem à geração do milénio, a empresa adaptou a sua cultura às características da geração.
O jornal Wall Street relata que a maioria dos 8000 funcionários do Facebook pertencem à geração do milénio – e a idade média é 28 anos, em comparação com os 30 do Google e os 31 da Apple.
O CEO Mark Zuckerberg tem 30.
A empresa acolheu estereótipos sobre a geração do milénio (como por exemplo, que se acha no direito a ter certas regalias e que detesta receber críticas negativas) na sua estratégia de gestão. Por exemplo, a empresa dá muita liberdade aos seus funcionários e encoraja-os a ter um forte sentido de posse do seu trabalho.
Os executivos do Facebook pedem aos gestores para se focarem 80% nos pontos fortes dos funcionários quando realizam revisões do desempenho e para colocar as pessoas em funções diferentes tendo em conta aquilo em que elas são boas, não onde a empresa realmente precisa de mais pessoas.
E mais, mesmo os funcionários de nível mais baixo são encorajados a questionar e a criticar os seus gerentes.
Don Faul
Don Faul, um antigo executivo do Facebook, contou a Reed Albergotti do jornal Wall Street:
“Não se recebe crédito nenhum pelo título. Está tudo na qualidade do trabalho, no poder das convicções de cada um e na capacidade para influenciar as pessoas.”
Faul recorda-se de quando começou a trabalhar no Facebook em 2008, em que os funcionários rejeitaram a sua tentativa de marcar uma reunião para as 8 da manhã. Só quando perceberam que era mesmo preciso marcar a reunião para essa faixa horária porque essa era a única altura em que os funcionários que trabalham na Irlanda podiam ir é que os outros aceitaram obedecer a Faul.
Ele diz:
“Andei a pisar ovos desde o momento em que cheguei.”
Essa mentalidade fez com que por vezes, os funcionários mais velhos se sentissem mais desligados, como se as suas conquistas do passado não tivessem qualquer valor.
Apesar de um outro funcionário ter descrito o trabalho no Facebook como agitado, intenso e o tipo de ambiente que consome uma pessoa ao fim de sete ou oito anos, a estratégia da empresa de tentar satisfazer a sua força de trabalho mais jovem parece estar a funcionar.
“É a primeira empresa construída por membros da geração do milénio a ficar no ranking da Fortune 500,” contou a antiga gestora de produto Molly Graham a Albergotti.