A poderosa mente dos bilingues
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Estudos mostram que quem fala mais que uma língua tem uma maior capacidade de resolver problemas e de demonstrar empatia. Assim não é de surpreender que para essas pessoas muito mais portas estejam abertas. E você, quantas línguas fala?

Falar mais que uma língua pode providenciar um benefício significativo no desenvolvimento do cérebro.

Pesquisas vieram comprovar que os jovens adultos bilíngues não só são mais bem-sucedidos no mercado de trabalho, mas também tem mais probabilidades em demonstrar empatia e capacidades de resolução de problemas. O fato é que os Americanos mais velhos são na sua maioria falantes monolingues de inglês, até aqueles que começaram a vida a falar mais do que uma língua. Baseando-nos nas últimas pesquisas, talvez seja tempo de reconsiderar a importância do monolinguismo nos EUA.

Falar duas línguas possui vantagens

Na década passada, a minha pesquisa concentrou-se no desenvolvimento académico, social e cívico da juventude imigrante, especialmente na forma em que a escola molda estes alunos nas vertentes do ensino, amizades e as suas comunidades.

Sendo um antigo professor primário bilíngue, eu vi como o domínio de duas línguas oferece aos estudantes vantagens significativas nos campos académicos e sociais. O que esta a falhar, contudo, é o elo de ligação entre a vantagem social e académica dos meus alunos, e a sua entrada no mercado de trabalho enquanto jovens adultos.

Pesquisas ligam o bilinguismo a uma maior concentração intelectual, e também a um atraso no surgimento de sintomas de demência.

Apesar de toda a pesquisa que apoia o bilinguismo na infância, só recentemente é que os intelectuais começaram a compreender o bilinguismo nas vidas profissionais dos adultos.

As pessoas bilíngues demonstram pontuações mais elevadas em testes, possuem capacidades superiores em resolver problemas, uma perceção mental mais apurada e um acesso mais vasto e rico nas redes sociais.

Para além do mais, os jovens bilíngues são capazes de receber ajuda dos seus mentores nas suas comunidades de origem, e da cultura dominante.

Estes jovens beneficiam do velho ditado: quanto mais investirmos numa criança, mais forte ela será. A criança bilíngue beneficia do crescimento em duas ou mais comunidades.

Existem mais probabilidades de um bilíngue conseguir um emprego

Um membro da Western Union conversa com uma pessoa à procura de emprego. As empresas estão cada vez mais a procurar empregados bilíngues

Os jovens adultos bilíngues não são apenas mais propensos a acabarem o secundário e ir para a faculdade, são também os que possuem uma maior probabilidade de serem contratados quando são entrevistados para um emprego

Mesmo quando ser bilíngue não é um requisito, um estudo sobre as entrevistas de emprego na Califórnia com foco nos empregadores mostra que os empregadores preferem contratar e manter os bilíngues. Hoje, as poderosas empresas Fortune 500 contratam empregados bilíngues e biliterários para servirem de ligação com os clientes.

Pesquisas relacionam o bilinguismo com uma maior concentração intelectual, assim como com um atraso do surgimento de sintomas de demência.

O uso frequente de várias línguas está também relacionado a um maior desenvolvimento da empatia.

Ainda assim, apesar das provas nos estudos, 4 em 5 americanos adultos só falam inglês.

Os movimentos da utilização única do inglês desencorajam o uso de outras línguas

No processo de crescer na América, muitas crianças com potencial de serem bilíngues, filhas de país imigrantes perdem a sua língua materna para se tornarem monolingues de inglês.

As poderosas forças sociais e políticas por detrás do movimento da utilização única do inglês comprovam a aparente ameaça ao bilinguismo. Todos os dias, por toda a nação, escolas e distritos são derrotadas pelas pressões externas e cortam na instrução bilíngue.

Historicamente, as pesquisas que investigam o bilinguismo e o mercado de trabalho tem empregado medidas de censos nos EUA que não distinguem os níveis de competência numa língua que não o inglês.

A maior parte dos conjuntos de dados nacionais que definem o bilinguismo com traços amplos não o distinguem entre: um entrevistado que fala apenas Espanhol, um que fala Espanhol e um pouco de inglês, e um terceiro que é inteiramente bilíngue e biliterário. O fracasso em capturar esta heterogeneidade obscura qualquer relação clara entre o bilinguismo e o mercado de trabalho.

Apenas recentemente começaram a ser incluídos nos dados da NCES (Centro Nacional de Estatísticas de Educação dos Estados Unidos) medidas de competência na língua materna auto relatada, enquanto outros, conjuntos de dados mais específicos para os imigrantes começaram a perguntar estas questões.

Bilinguismo relacionado com uma aprendizagem superior

Ultimamente, os novos dados e métodos analíticos mais rigorosos têm fornecido uma medida muito mais rica de bilinguismo e da capacidade dos indivíduos de ler e escrever em línguas que não o inglês.

A capacidade de distinguir entre a capacidade oral numa ou mais línguas e as verdadeiras competências linguísticas em duas ou mais tem permitido aos investigadores apontar uma vantagem econômica do bilinguismo - em termos de ambos melhor estatuto profissional e remunerações mais elevadas em jovens adultos.

Os novos conjuntos de dados que medem o bilinguismo em gerações mais novas que entram num mercado de trabalho definido não por limites geográficos, mas por acesso instantâneo a informação.

A Relação entre bilinguismo e inteligência

Mirvat, uma estudante do segundo ano, pratica a sua Oud numa escola bilíngue árabe-judaica em Jerusalém

Desde o início da década de 1960, os linguistas começaram a descobrir uma relação positiva entre o bilinguismo e a inteligência. Com base neste estudo, os pesquisadores descobriram que as crianças bilíngues do ensino básico ultrapassam os seus colegas monolingues até na resolução de tarefas e problemas não-verbais.

Mais tarde, nos últimos anos da década de 90, surgiram pesquisas que demonstravam que mesmo quando estavam a controlar a memória ativa, as crianças bilíngues mostram um maior controlo de atenção significante ao resolver tarefas do que as crianças monolingues.

Atualmente, os pesquisadores têm começado a utilizar conjuntos de dados que incluem medidas mais sensíveis de capacidades linguísticas para descobrir que entre as crianças de pais imigrantes, os jovens adultos bilíngues-biliterários conseguem melhores estatutos profissionais e remunerações mais elevadas que os seus colegas que perderam a sua língua materna.

Estes jovens adultos agora-monolingues perderam não só os recursos cognitivos providenciados pelo bilinguismo, mas também tem menos probabilidade de serem contratados a tempo inteiro, e ganham menos que os seus colegas.

Os Americanos estão a começar a ter noção dos benefícios cognitivos, sociais e psicológicos do conhecimento de duas línguas.

No país de imigrantes todo mundo fala inglês

Historicamente notório pelo seu monolinguismo em inglês, uma sondagem recente da Gallup relata que nesta nação de imigrantes, apenas um em quatro adultos Americanos declara ser coloquialmente competentes noutra língua.

O papel da escola em manter e desenvolver o reportório dos falantes vai ser critico para este processo. Quer seja por instrução bilingue ou por encorajamento dos pais para desenvolver as capacidades da fala em casa, o papel da escola vai ter importância.

Os potenciais bilingues de hoje vão contribuir mais como adultos se conseguirem manter com êxito a sua língua-materna.

Pesquisas educacionais deixam poucas dúvidas que as crianças de pais emigrantes vão aprender inglês. Onde nós falhamos para com estas crianças é em conservar o seu recurso mais precioso: a sua língua materna. É algo que devíamos preservar, não erradicar.

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