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Pouco depois de Nadia Shouraboura ter entrado para a Amazon cometeu um erro grave. Mas a forma como o corrigiu não só deu um impulso fenomenal à sua carreira como também modificou para sempre a forma de trabalhar da empresa.

Até ao momento em que Nadia Shouraboura deixou a Amazon em 2012, após mais de 8 anos na empresa, ela tinha subido na hierarquia até um dos cargos mais importantes: VP de tecnologia, responsável por todas as cadeias de abastecimento e plataformas de atendimento a nível global.

Ela era também membro da Equipa-S de subordinados diretos de elite do CEO Jeff Bezos.

No entanto, um dos seus momentos mais memoráveis e impactantes aconteceu logo depois de ela ter sido contratada.

Não muito tempo depois de Shouraboura ter ingressado na empresa em 2004, ela cometeu um grande erro. Quando entrou um carregamento de novos produtos, ela instruiu para que fossem colocados nas prateleiras mais altas do armazém. Quando um monte de pedidos chegou para o produto, não havia pessoal suficiente para descer o produto suficientemente rápido (lembre-se, nesta altura ainda não haviam os armazém-robot da Amazon).

"Estava a tentar descobrir como podia salvar a situação", disse ao Business Insider. "Então, desenvolvi um modelo para descobrir como minimizar a quantidade de dinheiro gasto para corrigir o problema, para que não me demitissem."

O seu modelo ajudou-a a descobrir o quão tarde e quantos dos produtos teriam descer entregues, para fazer causar, teoricamente, a mínima despesa.

"Levei o modelo a Jeff Bezos e à Equipa-S, e eles basicamente disseram-me que estava a ser uma idiota", diz ela. "Eles disseram que só tinha de enviar tudo o mais rapidamente possível, sem pensar nos custos. Tínhamos de garantir que a experiência estava certa, e depois então preocuparmo-nos com o dinheiro."

A Amazon arranjou ajuda externa e pagou o transporte acelerado para todas as encomendas, de modo a que toda a gente recebesse o seu pacote a tempo.

"Custou muito - era um número grande", diz Shouraboura com uma leve risada. "Aqui pode observar uma obsessão com o cliente. Essa situação ensinou-me muito e muito rapidamente. Eles ainda usam essa filosofia hoje em dia."

"Obsessão com o cliente" é uma das principais doutrinas da empresa. A Amazon obviamente não despediu Shouraboura depois do seu acidente, e ela diz que interiorizou essa idéia nos 8 anos na empresa que se seguiram. Eventualmente, ela saiu para fundar a sua própria startup, chamada Hointer. Hointer é o contrário da Amazon na medida em que se concentra exclusivamente em maneiras de melhorar as fundações do comércio. No entanto, uma coisa se mantém: o foco principal da sua empresa é fazer com que a experiência de compra seja mais conveniente para os clientes.

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