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Analisamos os pontos fortes e os pontos fracos dos três candidatos com mais hipóteses de sucesso. Convém lembrar que apesar da maioria dos nossos leitores não serem norte-americanos, os resultados das eleições dos EUA provavelmente terão impacto nas suas vidas.

O gráfico abaixo mostra quais os elementos dos Democratas e Republicanos que já se assumiram como candidatos às próximas presidenciais, assim como potencias candidatos que ainda não oficializaram as suas pretensões.

Hillary Rodham Clinton, antiga Secretária de Estado

kisa kuyruk/Shutterstock.com

Porque é que poderá ganhar

A Sra. Clinton tem quase 100 por cento de reconhecimento do seu nome assim como uma base de suporte incorporada nas mulheres da classe operária. Os Republicanos terão de trabalhar bastante para estar à altura, e encontram-se perante umas primárias potencialmente brutais nas quais serão levados à direita em assuntos como a imigração e a educação, o que poderá levar os independentes aos braços da Sra. Clinton numa eleição geral. Mas a demografia é o maior obstáculo para os Republicanos: A não ser que o candidato possa convencer os hispânicos e abrir caminho entre as mulheres e os jovens eleitores, a Sra. Clinton vai começar com uma vantagem significativa graças às mudanças de população nacional e, particularmente, em muitos dos estados onde provavelmente se vão dar disputas. A Sra. Clinton também deve desfrutar de uma enorme vantagem financeira numa campanha que deverá custar-lhe $2.5 mil milhões, com a ajuda de doações por parte da "super CAP" e o apoio quase universal dentro do estabelecimento democrático.

Porque é que ela poderá perder

A Sra. Clinton estava bem posicionada, de modo semelhante, quando declarou a sua candidatura em 2007, apenas para ser derrotada por um oponente surpreendentemente forte, o Sr. Obama. As maiores preocupações agora, pelo contrário, são internas: Conseguirá ela evitar a disfunção administrativa e estratégica que assolou a sua campanha nas primárias em 2008? Podem os seus operadores mais jovens, que dependem de dados e análises, ser autorizados mesmo que alguns amigos e conselheiros da velha guarda de Clinton favoreçam uma abordagem mais tradicional? Será capaz de apelar aos mais jovens, e inspirar os negros que foram energizados pelo Sr. Obama? Acima de tudo, consegue ela representar mais o futuro do que o passado?

Ted Cruz, senador dos Estados Unidos

Porque é que ele poderá ganhar

As presidências de George W. Bush e do Sr. Obama empurraram muitos republicanos para uma marca mais doutrineira de conservadorismo e longe da tradição de nomear candidatos alinhados com o estabelecimento. Em virtude das suas fortes habilidades retóricas, apelo biográfico e conservadorismo intransigente, o Sr. Cruz é o candidato mais lógico numa festa que virou bruscamente à direita. Numa eleição geral, a fadiga para com os anos de Obama e as dificuldades que qualquer partido tem em manter a Casa Branca por três mandatos consecutivos poderia leva-lo à vitória.

Porque é que ele poderá perder

O Sr. Cruz não é o único conservador a procurar a nomeação republicana, e ele poderia ser ultrapassado por rivais capazes de angariar mais dinheiro, rivais que beneficiem do apoio convergido dos republicanos mais moderados, ou de ambos. Se ele se tornar no homem da direita, ele ainda teria dificuldades para derrotar um republicano mais bem financiado, que tivesse o apoio do estabelecimento do partido. Numa uma eleição geral, seria mais provável a luta do Sr. Cruz para atrair os eleitores centristas, e, ao mesmo tempo ele poderia encontrar-se incapaz de despertar a parcela do eleitorado que está alinhado com ele ideologicamente mas que não vota.

Rand Paul, senador dos Estados Unidos

Porque é que ele poderá ganhar

Os candidatos Republicanos geralmente declaram ou ser os melhores equipados para salvaguardar o conservadorismo (o Sr. Cruz e o Sr. Walker) ou que vão ajudar com o crescimento do partido (Jeb Bush). O Sr. Paul tentará fazer ambos. A sua ideologia é suficientemente estranha para lhe permitir apelar a pessoas de todo o espectro político. E com tantos Republicanos a dividirem a votação na etapa inicial, é plausível que a sua diversa coligação seja grande o suficiente.

Porque é que ele poderá perder

Os rivais do Sr. Paul retratam-no como alguém a tentar ser demasiadas coisas para demasiados tipos de pessoas. E os seus esforços para se vender como um novo tipo de Republicano podem ser complicados devido às suas opiniões sobre auxílio externo: Ele apoiou aboli-lo na totalidade, mas depois, sob pressão da direita, criou uma exceção para Israel – apesar dos conservadores Judaicos continuarem cautelosos em relação a ele. O Sr. Paul tentou explicar tais inconsistências ao insistir que os média ou os seus críticos estavam a distorcer as suas palavras, quando de facto não estavam. A sua ocasional irritabilidade, realmente, sugere um temperamento que pode não se dar bem sob o olhar duro de uma longa campanha. Mas talvez o seu maior problema sejam os falcões da política externa Republicana, como John Bolton, o ex-embaixador das Nações Unidas, que estão a mobilizar-se para se certificar que o Sr. Paul, que veem como perigosamente isolacionista, não chega muito longe.

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