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Apresentamos-lhe um ranking de influência dos candidatos à presidência dos EUA que revela quem tem mais hipóteses de se tornar o sucessor de Barack Obama.

A menos de 100 dias de começarem os votos reais para as presidenciais de 2016, o verão do “estranho” rapidamente passou para o outono do “estranho”.

No domínio republicano, o magnata dos imobiliários Donald Trump e o neurocirurgião reformado Ben Carson continuam a dominar. Contam consistentemente com mais de 50% dos votos do Partido Republicano tanto nas sondagens nacionais como nas sondagens realizadas nos primeiros estados.

E dentro da lista democrática, o senador autoproclamado socialista democrata Bernie Sanders (I-Vermont) tornou-se na alternativa óbvia para a líder do partido, a antiga Secretária do Estado Hillary Clinton.

Graças a um mês bom, Clinton solidificou o seu domínio no estatuto de líder. O Vice-presidente Joe Biden recusou entrar nas eleições, enquanto dois outros adversários – o ex-governador Lincoln Chafee de Rhode Island e o antigo Senador dos EUA Jim Webb de Virgínia – desistiram.

Assim, a pouco mais de um ano do Dia das Eleições de 2016, eis um novo olhar sobre quem tem mais hipóteses de chegar à Casa Branca e suceder o Presidente Barack Obama.

Os nossos rankings basearam-se nas médias das sondagens nacionais da Real Clear Politics e nas médias das primeiras sessões de votos nos estados de New Hampshire, Iowa e da Carolina do Sul. Também tivemos em consideração a destreza dos candidatos para angariar fundos, assim como o seu ímpeto (ou falta dele) nas últimas semanas, especialmente depois do segundo debate presidencial organizado pelo Partido Republicano no mês passado e do primeiro debate organizado pelo Partido Democrático no início deste mês.

5. Ted Cruz, republicano, senador do Texas

Popularidade: em ascensão

Mês passado: 8

Cruz tem feito uma candidatura tranquila e um pouco despercebida que o coloca sorrateiramente numa boa posição para ser um dos finalistas para a nomeação.

Cruz encontra-se entre o top dos melhores na sondagem do Partido Republicano e os seus surpreendentes dados de angariação de votos são um sinal de que muito provavelmente vai ficar “na corrida” até ao final. Conseguiu alcançar no trimestre passado um terceiro lugar em termos de maior influência em relação a outros candidatos republicanos e é o que dispõe de mais capital em mãos para entrar na reta final.

Entretanto, dois dos seus potenciais maiores rivais republicanos - o Governador do Wisconsin Scott Walker e o antigo Governador do Texas Rick Perry – desistiram das eleições, deixando-lhe muitos dos seus apoiantes e doadores.

Cruz tem a capacidade de inspirar o entusiasmo entre a base partidária republicana e pode muito bem ser o candidato melhor posicionado na esfera política para recuperar a noção de que, apesar do seu trabalho em Washingotn, não é o típico político mas sim o “estranho” que a base procura.

  • Média da sondagem a nível nacional dos eleitores republicanos: 7,8% (4º)
  • Iowa. 9,6% (4º)
  • New Hampshire: 5,5% (7º)
  • Carolina do Sul: 7% (4º)

4. Marco Rubio, republicano, senador da Florida

Popularidade: em ascensão

Mês passado: 4

Rubio está a tornar-se rapidamente no favorito para a nomeação do partido republicano.

Constitui uma alternativa mais jovem na população republicana e conta com apoiantes tanto no estabelecimento como na base partidária mais conservadora do Partido Republicano. Já teve desempenhos muito fortes no horário nobre de ambos os debates em que o partido participou – especialmente no de setembro.

As sondagens estão a começar a acompanhar a excessiva propaganda. Encontra-se neste momento na terceira posição nas sondagens nacionais e saltou 5 pontos no Iowa e mais 3 pontos em New Hampshire no mês passado.

Só tem um pequeno senão na sua angariação de fundos: obteve menos de $6 milhões no último trimestre. Contudo, vário doadores bem abastados estão a dar sinais de potencialmente irem apoiá-lo mais.

  • Média da sondagem a nível nacional dos eleitores republicanos: 9,2% (3º)
  • Iowa: 10,3% (4º)
  • New Hampshire: 8,3% (4º)
  • Carolina do Sul: 8% (3º)

3. Ben Carson, republicano, neurocirurgião reformado

Popularidade: em ascensão

Mês passado: 3

Um dos maiores angariadores continua a ser Carson, que pela primeira vez desde julho, tornou-se no candidato que destronou Donald Trump pela primeira vez numa sondagem nacional. Carson também conseguiu o lugar de topo numa série de sondagens realizadas no Iowa na semana passada.

Tal como Trump, Carson é um “estranho” em Washington que provou que consegue apelar a um eleitorado mais amplo.

Carson também demonstrou alguma destreza na angariação de fundos – conseguiu angariar quase $21 milhões no último trimestre, mais do que qualquer outro candidato republicano. Entra na reta final da campanha eleitoral com mais de $11 milhões em mãos.

De facto, até algumas das coisas mais controversas que saíram da sua boca para fora - tal como os comentários recentes que fez sobre os muçulmanos – só o ajudaram ainda mais a impulsionar a angariação de fundos e os seus dados nas sondagens.

  • Média da sondagem nacional entre os eleitores republicanos: 21,4% (2º)
  • Iowa: 27,7% (1º)
  • New Hampshire: 14% (2º)
  • Carolina do Sul: 19% (2º)

2. Donald Trump, republicano, empresário

Popularidade: neutro

Mês passado: 2

Desde a sua entrada nas eleições no início deste verão que Trump tem posto o mundo político em alvoroço. E tem demonstrado uma perseverança surpreendente – mesmo com a ascensão de Carson. Há um claro apetite entre os principais eleitores republicanos por alguém como Trump, cujas declarações sobre a imigração ilegal inflamaram mais uma vez o debate sobre as reformas na imigração.

E com a sua afirmação de que vale mais de $10 mil milhões, não vai ser pressionado para angariar fundos. Trump afirmou que estava disposto a financiar $100 milhões da sua própria fortuna na nomeação. Dito isto, quase não teve de gastar ainda nada - no último trimestre, os seus cofres de campanha registavam quase $4 milhões, a maioria proveniente de pequenos doadores.

O próximo mês pode ser crucial para Trump. Com Carson a assumir o controlo no estado de Iowa, na primeira convenção do partido do estado, será que a tendência se vai espalhar a nível nacional? Ou será que Trump vai continuar a ganhar terreno?

  • Média da sondagem a nível nacional dos eleitores republicanos: 27,2% (1º)
  • Iowa: 22% (2º)
  • New Hampshire: 29,5% (1º)
  • Carolina do Sul: 29,5% (1º)

1. Hillary Clinton, democrata, antiga Secretária do Estado

Popularidade: em ascensão

Mês passado: 1

Clinton encontra-se em primeiro lugar no ranking pois provou ser formidável tanto nas sondagens como na angariação de fundos – além disso, parece ter o caminho relativamente facilitado para a nomeação democrática, agora que Biden desistiu das eleições.

Este verão deu sinais atrás de sinais das suas potenciais vulnerabilidades como candidata. Viu o entusiasmo de Sanders – e dos seus apoiantes – nos principais primeiros estados como Iowa e especialmente, em New Hampshire. E ficou atrás de vários candidatos republicanos de prestígio.

Mas o mês passado alterou tudo. Com o seu forte desempenho no debate e com a saída de Biden, Clinton reforçou a sua posição, conseguindo estimular as sondagens e consolidando-se como a líder mais óbvia para a nomeação.

Também tem continuado a ter sucesso no circuito de angariação de fundos. Conseguiu angariar uma quantia maior do que qualquer outro candidato às presidenciais no trimestre passado – quase $30 milhões – e tem em seu poder uns impressionantes $33 milhões.

  • Média da sondagem a nível nacional dos eleitores democráticos: 48,2% (1º)
  • Iowa: 43,6% (1º)
  • New Hampshire: 36,8% (2º)
  • Carolina do Sul: 55,7% (1º)

E agora passemos às sondagens… aqui fica a combinação das médias das sondagens a nível nacional, no estado de New Hampshire, Iowa e na Carolina do Sul relativamente ao posicionamento dos candidatos nos seus respetivos partidos.

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