Empresas chinesas absorvem empresas europeias
Dominic Lipinski/Pool/Reuters
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As aquisições chinesas na Europa estão a atingir o maior valor de sempre, mesmo se a tentativa de aquisição da Syngenta por parte da ChemChina falhar.

A China National Chemical Corporation (ChemChina) está no encalce da Syngenta, a maior fabricante mundial de pesticidas, mesmo depois da sua oferta inicial de $42 mil milhões ter sido rejeitada na passada sexta-feira (13 de novembro). A gigante estatal de produtos químicos está agora em conversações com os fundos de riqueza soberana da China angariar mais capital, presumivelmente para fazer uma oferta mais generosa, de acordo com a Bloomberg.

Os dados da Dealogic revelam como a prolífica ChemChina tem estado a adquirir empresas no continente europeu. Na década passada a gigante estatal gastou $24,2 mil milhões a adquirir empresas portuguesas – bem mais de 10% dos $201 mil milhões gastos por todas as empresas chinesas e de Hong Kong nesse período.

Neste ano a ChemChina adquiriu a fabricante italiana de pneus Pirelli por $9 mil milhões. Em 2011 tinha gasto $2,2 mil milhões a comprar a Elkem da Noruega, uma empresa especialista na manufatura de silicone, e $902 milhões em 2006 adquirindo a Adisseo, uma fabricante francesa de aditivos para rações.

Pela Europa fora, marcas icónicas estão agora sob liderança chinesa, incluindo a Volvo, a Ferretti e a Ferragamo.

Até agora neste ano, as empresas da China e Hong Kong gastaram $32 mil milhões a adquirir empresas europeias, ultrapassando o anterior recorde de $27 mil milhões em 2008 mesmo sem o negócio da Syngenta. Em comparação com o Japão, que gastou aproximadamente o mesmo que a China em aquisições no exterior na década passada, o investimento da China na Europa surge claramente na linha da frente.

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