Mikhail Japaridze/TASS
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Nunca lhe faltam respostas. Putin mostrou-se mais direito do que nunca na sua conferência tradicional anual. As relações com a Turquia, as crises na Síria e Ucrânia, bem como a corrida presidencial dos EUA, foram alguns dos aspetos mais destacados da maratona de três horas à qual assistiram 1400 jornalistas.

Sobre o abate do SU-24: A Rússia não vai suspender a sua campanha militar na Síria por causa do abate do avião, mesmo se era isso que a Turquia esperava. "[Ankara] pensou que nós iriamos fugir [da Síria]! Não, a Rússia não é um país que age desse modo. Aumentámos a nossa presença na Síria; aumentámos o poder das nossas forças aéreas. Não havia lá sistemas de armas antiaéreas antes – agora há S-400," disse.

Sobre o conflito com a Turquia: "Se alguém das autoridades turcas decidiu bajular os norte-americanos, a Rússia não o vai fazer."

Sobre a corrida presidencial nos EUA: "Estamos preparados para trabalhar com qualquer pessoa que for eleita."

Sobre Donald Trump: "É uma pessoa talentosa e um líder indubitável." Putin saudou as recentes declarações do candidato quanto a uma maior cooperação com a Rússia.

Sobre o escândalo da FIFA: "Blatter é uma pessoa muito importante. Ele fez muita coisa. A sua contribuição para as humanidades é enorme. É ele que merece o Prémio Nobel da Paz!"

Sobre o terrorismo islâmico: A criação de uma coligação antiterrorista islâmica encabeçada pela Arábia Saudita ao mesmo tempo que existe outra coligação antiterrorista encabeçada pelos EUA pode ser explicada por algum tipo de interesses regionais. O presidente expressou a sua esperança de que Moscovo e Riade pudessem coordenar normas comuns de interação.

Sobre a situação com o Egito: A decisão da Rússia de suspender os voos para o Egito não é um assunto político e não é um sinal de desconfiança. Trata-se de manter a segurança das cidadãos russos. O presidente elogiou as ações do presidente egípcio na luta contra o terrorismo.

Sobre a Ucrânia: Putin reiterou que, apesar das contínuas acusações, a Rússia não tem tropas instaladas de forma permanente na Ucrânia.

Um jornalista ucraniano a olhar ceticamente durante a resposta de Putin à pergunta sobre o conflito na Ucrânia

Sobre a Síria: "Não sei se precisamos de uma base militar permanente na Síria. Se precisarmos, vamos estabelecê-la de qualquer modo."

Sobre o tráfego ilegal de petróleo: O tráfego ilegal de petróleo no Médio Oriente atingiu uma escala industrial.

Sobre o assassinato do opositor Nemtsov: "Não foi necessário matar Nemtsov por causa das brigas dele comigo."

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