A bomba de hidrogénio: por que é tão perigosa?
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A 6 de janeiro foi revelado que a Coreia do Norte efetuou um teste da bomba de hidrogénio. Enquanto outros estados estão a preocupar-se e as organizações internacionais realizam reuniões extraordinárias, o Insider.pro analisa o porquê desta reação.

Aquilo que os serviços sismológicos de vários países consideraram no início um terremoto tornou-se um teste da bomba H que, segundo a televisão central da Coreia do Norte, foi bem-sucedido. Este é o quarto teste nos últimos dez anos e não é de surpreender que a possibilidade de incluir a Coreia do Norte na lista das potências nucleares não agrade a muitos.

Se Pyongyang realmente elaborou esta tecnologia, tal significa um passo enorme para frente para o seu exército. A arma baseada no plutónio testada pelos coreanos antes já era bastante potente. Porém, uma arma termonuclear tem um poder destrutivo potencial muito maior. Ao obter uma arma que é centenas de vezes mais destrutiva, a Coreia do Norte torna-se uma ameaça centenas vezes mais séria.

A bomba H é muito exclusiva atualmente: quem a tem são apenas os Estados Unidos, a Rússia, o Reino Unido, a França e a China. Supõe-se que a Índia e o Paquistão tenham estas bombas também. Diferentemente da bomba atómica que foi usada duas vezes na história (pelos EUA contra o Japão), a arma termonuclear nunca foi usada. O mundo já estava à beira de uma catástrofe durante a crise dos mísseis de Cuba. Porém o poder destrutivo da bomba H fez com que as partes do conflito não a usassem. Mas quem garante que este poder conterá a Coreia do Norte?

Coreia do Norte é o único país que realizou testes da arma nuclear depois de 1999: em 2006, 2009, 2013 e ontem. Além disso, este foi o segundo teste da bomba de hidrogénio desde que o país foi governado por Kim Jong-un. Não parece que a posição do líder coreano seja pacífica. É lógico que os ministérios dos negócios estrangeiros condenaram o teste de ontem. O Conselho de Segurança da ONU informou sobre uma reunião extraordinária a 6 de janeiro, e uma série de funcionários públicos altos chamaram ao acontecimento uma provocação e infringimento das resoluções da ONU.

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