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O terrorismo e o Brexit estão reduzindo a procura — e as tarifas — da companhia aérea low-cost

A EasyJet avisou que os preços baixos irão continuar ao longo da temporada de férias de verão – com a low-cost britânica a enfrentar as consequências dos ataques terroristas, da tentativa de golpe de Estado na Turquia e da decisão do Reino Unido pela saída da União Europeia.

Ao contrário do esperado renascimento a receita por lugar caiu 7,5% até agora nos três meses até setembro, com cerca de 35% das reservas ainda por realizar – avançou a empresa britânica em comunicado esta quinta-feira. Tal segue-se a um deslize de 8,3% em rendimentos no terceiro trimestre fiscal. As ações da EasyJet caíram tanto como 7,6%.

Procura incerta e tarifas mais baixas levaram a EasyJet a não avançar uma previsão de lucro para todo o ano. Nos dias que se seguiram ao referendo quanto ao Brexit a companhia aérea preveniu que o lucro será pior do que o esperado para o restante ano fiscal. Carolyn McCall, CEO, recusou-se a avançar uma projeção de ganhos na quinta-feira, no meio de volatilidade sem precedentes.

“Nunca, nunca, tivemos que promover lugares em junho e julho e fizemo-lo este ano.” – Avançou McCall. “Do ponto de vista do consumidor, é fantástico; do ponto de vista empresarial, um preço tão baixo no período de pico que é o verão não é uma coisa tão boa.”

Queda das Ações

A EasyJet tem enfrentado um conjunto de eventos que têm afetado a indústria aérea. A sua dependência de viagens de lazer tendencialmente mais curtas torna-a mais vulnerável do que as suas pares a choques de procura. Os passageiros estão evitando viagens de cidade e empresas de viagens, como a TUI AG e a Thomas Cook Group Plc, desviam os viajantes para longe do Norte de África e Médio Oriente – para destinos como Espanha e Portugal, aumentando a concorrência (em 14%) face às rotas de praia da EasyJet.

As ações caíram 40% este ano e a valorização da empresa encontra-se nos 4,18 bilhões de libras.

A EasyJet está também lidando com a queda da libra, resultante do referendo pelo Brexit no mês passado e que está a pesar sobre a procura viagens e aumento de custos no Reino Unido. O Brexit também ameaça os direitos da EasyJet de viajar livremente de e para a Europa continental. Em resposta, a companhia criou uma equipa para pressionar autoridades do Reino Unido e União Europeia. Está também em conversações para garantir direitos de operação na UE que permitirão que mantenha acesso ao bloco, caso as negociações quanto à manutenção dos céus abertos falhem.

Os ataques em Bruxelas e Paris – entre outros – e a queda de avião da EgyptAir têm dissuadido a procura de viagens – e o tráfego aéreo tem sido bloqueado por greves e mau tempo. Tudo isso contribuiu para um golpe de 125 milhões de libras no seu lucro até agora, de acordo com o avançado por McCall. A queda da libra irá contribuir com outra perda, de 80 milhões de libras, sobre os ganhos do ano inteiro.

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