De acordo com o 10º Índice Global de Prosperidade do Legatum Institute
O Legatum Institute, um centro de investigação em Londres, divulgou em novembro o seu 10º Índice Global de Prosperidade, um estudo anual que avalia os países mais prósperos do mundo.
A organização analisa 104 variáveis para a elaboração da lista, divididas em nove subcategorias. Um dos atributos mais importantes é a vitalidade da economia nacional.
As estruturas económicas não são, porém, avaliadas somente em função da dimensão e peso. O instituto considera fatores como a abertura, a eficiência do setor financeiro e em que medida a população tem acesso a oportunidades económicas.
O índice inclui os 149 países com mais informação disponível. Fomos buscar os 19 melhores da subseção econômica do Índice de Prosperidade.
Veja quais são:
19. Japão
O Japão pode ser a terceira maior economia mundial em termos de PIB, mas há anos que sofre de estagnação e inflação, o que explica a posição relativamente baixa na lista do Legatum Institute.
18. Islândia
Segundo o centro de investigação, a economia da Islândia é uma das melhores do mundo. Teve, todavia, os seus problemas. Durante a crise financeira, a banca nacional esteve próximo de falir, o que causou uma recessão de 3 anos entre 2008 e 2010.
17. França
A segunda maior economia da zona do euro tem sofrido com fraco crescimento desde o início da crise de dívida em 2009. As dificuldades são exacerbadas pela ineficiência do mercado de trabalho, resistente à mudança. O país continua, todavia, uma das potências econômicas mundiais.
16. Bélgica
O quartel general da União Europeia recebe também uma classificação alta. O país ganhou protagonismo mediático depois da pequena região de Wallonia ter posto em causa o CETA (Comprehensive Economic and Trade Agreement, em português AECG – Acordo Econômico e Comercial Global) – o maior acordo bilateral UE-Canadá.
15. Austrália
O sucesso da economia australiana, uma das maiores do hemisfério sul, depende significativamente de commodities. O ferro é um recurso especialmente importante. Há 25 anos que o subcontinente vive sem recessão, tendo escapado inclusivamente ao pior da crise financeira.
14. Estados Unidos
A maior e mais poderosa economia mundial não está em forma, segundo o centro de pesquisa. Detém uma posição cimeira a nível global mas a distribuição da riqueza é ainda um problema estrutural de peso na terra do sonho americano.
13. Canadá
O vizinho a norte dos EUA precisa de petróleo e viu o crescimento do PIB vacilar após os incêndios em Alberta – que afetaram a produção no setor. Mantém-se, contudo, um destino de negócios atrativo com muitos americanos, após a vitória de Trump, a ponderar uma mudança para lá.
12. Finlândia
Um dos principais contribuintes para o PIB é a indústria do papel, graças à dimensão incrível da floresta nacional. O país é igualmente conhecido por medidas econômicas invulgares. Implementou recentemente, a título experimental, o rendimento mínimo universal.
11. Áustria
Outro país europeu com uma posição cimeira na lista do Legatum Institute. A Áustria é a 29ª maior economia do mundo, apesar de ter uma população inferior a 9 milhões.
10. Reino Unido
Estima-se que o Brexit afete significativamente a economia britânica mas o país continua um caso econômico de sucesso e estima-se que tenha crescido mais rapidamente que qualquer outra das maiores economias mundiais em 2016.
9. Luxemburgo
Conhecido como a morada de banqueiros e de quem paga o mínimo de impostos possível, o Luxemburgo comporta-se melhor do que o seu tamanho indica. Com menos de 600 mil habitantes, está no top 3 do PIB per capita mais elevado do mundo.
8. Singapura
A cidade-estado asiática não só é um dos maiores centros financeiros, como também é um dos dois portos mundiais mais movimentados. Mais de 32 milhões de contentores de carga são processados pelo Porto de Singapura todos os anos.
7. Noruega
A economia norueguesa depende substancialmente da indústria do petróleo no Mar do Norte, o que significa que o país tem enfrentado dificuldades desde a baixa de preços em 2014. Mantém-se, contudo, forte – e a riqueza dos fundos soberanos do governo é motivo de inveja no resto do mundo.
6. Dinamarca
Com um PIB nominal pouco acima dos 300 bilhões de dólares, a Dinamarca é uma das 40 maiores economias mundiais. Segundo o coeficiente de Gini do Banco Mundial, tem ainda a taxa de desigualdade mais baixa do mundo.
5. Alemanha
Responsável pelo parco êxito europeu dos últimos anos, a Alemanha apenas fica atrás dos EUA, China e Japão em termos nominais. É também o terceiro maior exportador do mundo ao colocar no mercado mais de 1 bilião de dólares em mercadoria todos os anos.
4. Suiça
Um habitante suíço é de longe mais rico que um par em qualquer outra grande economia mundial. O país vive do afamado calibre elevado do setor financeiro.
3. Suécia
Na mesma linha dos vizinhos escandinavos, a Suécia tem um estado social generoso. Isto significa que os impostos são francamente elevados em todo o país. A Suécia foi uma das primeiras nações a introduzir taxas de juro negativas, com o objetivo de estimular a inflação paralisante.
2. Países-Baixos
Com um PIB nominal superior a 750 bilhões em 2015, não obstante uma população de apenas 17 milhões, o país dá cartas a nível mundial. O conceito de bolsa de valores como hoje o conhecemos foi criado na Holanda no séc. XVII.
1. Nova Zelândia
De acordo com o Legatum Institute, a primeira economia mundial. Curiosamente, depende substancialmente do sucesso da indústria dos laticínios e sobretudo da empresa Fonterra (NZE: FCG), responsável por cerca de 30% das exportações mundiais no setor. Quando a Fonterra está bem, o país está bem também.