Uma seleção de temas e de notícias que marcaram 2016
O Brexit
“Deverá o Reino Unido permanecer membro da União Europeia?” Não, de acordo com 52% da população britânica. O referendo ao redor do Brexit – saída do Reino Unido da UE –, que teve lugar a 23 de junho, foi muito mais do que uma votação quanto à permanência do país no bloco de 28 países: foi sobre identidade nacional, o lugar do Reino Unido no mundo e o futuro do projeto europeu.
O resultado e as consequências foram surpreendentes – e não tardaram reações por todo o mundo. David Cameron se demitiu do cargo de primeiro-ministro – tendo sido rapidamente substituído por Theresa May – e as previsões de sequelas terríveis acabaram se mostrando exageradas, com a economia do Reino Unido crescendo na ordem de 0,5%.
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As eleições presidenciais nos EUA
Quando os norte-americanos votam para escolher o seu próximo presidente não estão apenas escolhendo o presidente dos EUA – estão escolhendo um líder mundial. As eleições presidenciais dos EUA – a campanha, os debates, as projeções – foram acompanhadas por todo o mundo e foi com surpresa e apreensão que foi recebida a notícia de que Donald Trump tinha sido eleito.
Entretanto, destaca-se que o mercado de ações como um todo tem subido desde as eleições e que os investidores – bem como consumidores e empresas em geral – estão terminando 2016 com boas perspectivas para o futuro: com um sentimento otimista. Trump assumirá o cargo de presidente dos EUA em 20 de janeiro de 2017 e o mundo está expectante.
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Os avanços tecnológicos
A cada ano que passa aumenta a fasquia ao nível da inovação tecnológica: o consumidor quer sempre mais. São esperadas as maiores inovações no mundo informático e tecnológico em geral. E as empresas têm cumprido, lançando novos portáteis, smartphones ou drones todos os anos – superando os modelos anteriores.
Até onde poderão chegar? Estarão se precipitando – lançando produtos, no mercado, com imperfeições ao ponto de terem que ser recolhidos – para não perderem a carruagem? E a quantidade de start-ups que aparece e desaparece a cada ano? Ou de aplicativos, que aparecem e desaparecem a cada dia? Teremos chegado a um ponto de não retorno?
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Os ataques terroristas (Bruxelas, Nice e Berlim)
O terrorismo voltou a não dar tréguas este ano nos mais diversos cantos do mundo. Com foco na Europa se destacam os ataques de Bruxelas (março), Nice (julho) e Berlim (agora em dezembro) que causaram, de forma deliberada e brutal, centenas de vítimas mortais e feridos – reforçando a onda de terror e receio que já se sentia no ano passado.
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O petróleo e a OPEP
Já no culminar do ano, os membros da OPEP – Organização dos Países Exportadores de Petróleo – superaram os diversos pontos de desacordo entre a maioria e concordaram com a redução do nível de produção de petróleo na ordem de 1,2 milhões de barris por dia, para se situar em 32,5 milhões de barris por dia. A reputação do grupo saiu fortalecida.
A redução da oferta de petróleo se mostra essencial para evitar um terceiro ano com excesso de oferta nos mercados – o que levou à queda dos preços para menos de 50 dólares o barril desde meados de 2014, de mais do dobro. A queda dos preços tem vindo a prejudicar as economias dos países membros, nomeadamente da Arábia Saudita, a maior exportadora de petróleo do mundo.
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A Síria e a crise dos migrantes
A situação na Síria se degradou profundamente ao longo do ano – agravando-se também as tensões geopolíticas entre as principais potências mundiais envolvidas no conflito. Foram diversos os cessar-fogo entre o exército e a oposição bem como as tentativas de negociação de paz com mediação internacional.
A crise dos migrantes, por sua vez, não mostrou melhorias frente ao ano passado com mais acidentes trágicos no mediterrâneo, o aumento do sentimento anti-migrante se espalhando pela Europa, acordos polémicos firmados entre a União Europeia e a Turquia e a criação de barreiras – em alguns países europeus – para conter o fluxo de migrantes.
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O Brasil de Dilma e de Temer
O Brasil foi palco de grandes movimentações políticas este ano. O impeachment de Dilma Rousseff, antiga presidente do Brasil, “andou de mão em mão” ao longo de meses e foi finalmente votado pelo Senado brasileiro no início de agosto. Michel Temer, que já estava em funções no seguimento do afastamento de Rousseff, assumiu a presidência do Brasil.
As perspectivas de crescimento da maior economia da América Latina melhoraram de forma generalizada – nomeadamente ao nível da confiança empresarial e do consumidor – com a esperança de que Temer fosse capaz de restaurar o crescimento. No entanto, o final do ano não tem apresentado resultados encorajadores.
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