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Resta cerca de um mês com dinheiro ao Governo grego. Talvez apenas três semanas, considerando o pior cenário possível. Qual será o caminho a seguir por Tsipras?

Isto segundo fontes no Governo, que falaram ao “Bloomberg”. O dinheiro do resgate que a Grécia recebeu da sua intitulada “Troika” de credores internacionais (a Comissão Europeia, o BCE e o FMI), vai acabar no final de fevereiro.

O Governo poderia ter pedido uma extensão do programa de resgate (como muitas analistas expetavam), mas o ministro das Finanças, Yanis Varoufakis, confirmou no final de janeiro, que o Governo “não tinha quaisquer intensão de cooperar” com a Troika.

A não ser que o teto máximo de 15 mil milhões de euros (17 mil milhões de dólares), para empréstimos a curto prazo, definido pelos credores oficiais da Troika grega seja aumentado, o Governo pode ficar sem dinheiro a 15 de fevereiro, disse uma das pessoas, que pediu para permanecer anónima por a informação ser confidencial. Há três semanas, estimava-se que a Grécia conseguiria aguentar-se até meio do ano.

Um polícia de Atenas durante os motins e protestos em 2010, quando o primeiro resgate da Grécia foi confirmado.

Com os gregos a retirar o seu dinheiro dos bancos e a não pagar os impostos, Tsipras só conseguirá sobreviver mais algumas semanas, utilizando os fundos da segurança social, e adiando o pagamento aos fornecedores, disse a mesma pessoa. Nos finais de março, Tsipras poderá ter algumas escolhas existenciais pela frente: aceitar uma boia de salvamento com condições que ele consistentemente recusou, ou abandonar o euro.

Existem no entanto preocupações, sobre o que um Governo desesperado em Atenas poderá fazer nessa situação: as relações aparentemente calorosas entre Syriza e Moscovo, levantaram suspeitas que o Governo possa recorrer à Rússia para se financiar.

Analistas do Barclays, consideram que a possibilidade da Grécia sair do euro (“Grexit”), é agora superior à que existia à dois anos e meio, durante o calor da crise:

Mantemos a ideia que, um acordo entre o Governo grego e a UE continua a ser possível, mas a probabilidade de uma saída da Grécia, é agora claramente superior ao que era em 2012. O aumento de partidos radicais na Europa, tal como o “Podemos” na Espanha, não deixa muita margem de manobra aos políticos da EU para que sejam complacentes aos pedidos da Grécia.

O ministro das Finanças grego, Yanis Varoufakis, um professor de economia cujo particular interesse se centra na teoria dos jogos, e o ministro das finanças alemão, Wolfgang Schaeuble, que está alegadamente “descontraído” quanto a uma possível saída da Grécia do euro, reúnem-se hoje.

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