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Veja como uma medida habitualmente associada ao crescimento pode na verdade corresponder a desperdício de recursos e ineficiência económica.

Dizem-nos que o Produto Interno Bruto (PIB) mede o crescimento – mas o que realmente mede é o desperdício: capital, trabalho e recursos desperdiçados numa busca romântica de desperdício disfarçada de “crescimento”.

50 Milhões de automóveis e camiões presos no trânsito, a queimar litros de combustível sem ir a lado nenhum? Crescimento! Todo esse combustível desperdiçado contribui para o PIB. Todas as pessoas que trabalham a partir de casa prejudicam o “crescimento” pois não desperdiçam combustível sentados em engarrafamentos.

A repavimentação de uma estrada pouco utilizada: crescimento! Não importa se o dinheiro poderia ter sido investido na reparação de uma estrada de grande tráfego ou na criação de ciclovias seguras, entre outros – no atual sistema neokeynesiano construir pontes para lugar nenhum é “crescimento”.

O PIB não tem nenhum mecanismo para medir o mau investimento ou os custos de oportunidade de desperdiçar capital, trabalho e recursos em investimentos com retornos marginais ou mesmo negativos.

O PIB não tem nenhum mecanismo para medir o mau investimento ou os custos de oportunidade de desperdiçar capital, trabalho e recursos em investimentos com retornos marginais ou mesmo negativos.

Comprar um novo frigorífico que poderia ter sido reparado com um sensor de US $10: crescimento! O PIB não tem nenhum mecanismo para calcular a utilidade de estradas, carros, edifícios, entre outros – que são substituídos. Desperdiçar todos os investimentos fixos e de utilidade restante para comprar uma substituição nova é fortemente encorajado pois contribui para o “crescimento”.

Construir e manter sistemas de armamento extraordinariamente caros e que já estão obsoletos: crescimento! Os futuros custos com juros gigantescos pagos pelos contribuintes pelo empréstimo para pagar o armamento obsoleto não é calculado no PIB. Os assombrosos custos de endividamento de futuros contribuintes são ignorados pelo PIB – a única coisa que conta no PIB é o “crescimento”.

Arrancar uma cozinha em funcionamento para instalar bancadas de granito e novos aparelhos: crescimento! O PIB não tem nenhum mecanismo para medir o declínio da qualidade em novos aparelhos, ou a utilidade marginal de bancadas em granito face às superfícies existentes.

Escrever derivativos complexos para enganar os compradores: crescimento”! O imenso lucro contabilizado por bancos de investimento e os avolumados salários dos financeiros que escrevem e vendem os garantidos derivativos acrescentam bastante ao PIB.

Criar burocracia para supervisionar os financeiros: crescimento! Desperdiçar o dinheiro dos contribuintes em mais camadas de burocracia adiciona “crescimento” ao PIB – não importa que o trabalho esteja todo perdido, uma vez que uma lei de 12 páginas poderia ter alcançado os mesmos resultados a custo próximo de zero.

O PIB não tem nenhum mecanismo para medir o valor de alternativas que recorram a menos capital, trabalho e recursos para obter os mesmos resultados.

Deitar fora uma peça de roupa que foi usada uma ou duas vezes a favor da última moda: crescimento! O PIB não tem nenhum mecanismo para medir o que mais poderia ter sido feito com o petróleo queimado para enviar o novo item de vestuário através do Pacífico e conduzi-lo ao retalhista; se um consumidor gasta dinheiro com roupa nova, o PIB regista-o como “crescimento” (a única métrica económica que medimos e avaliamos) sem calcular o que mais poderia ter sido feito com os recursos não-renováveis esbanjados em arrebiques.

O PIB é outra parte fora de moda do “Culto da Carga” keynesiano que venera o “crescimento” e o consumo (também conhecida como procura agregada) como único objetivo. Os seguidores do “Culto da Carga” de Keynes acreditam que pagar a indivíduos para escavar buracos e reabastecê-los é uma excelente estratégia para o “crescimento”: ordenando a burocratas que enterrem maços de dinheiro em minas abandonadas e conduzindo hordas de desempregados a encontrar dinheiro no próprio exemplo de Keynes sobre formas dignas para gerar “crescimento”.

Esta forma estreita de compreender o mundo ignora completamente a natureza não-renovável de combustíveis fosseis e o conceito crítico de maximização da utilidade do capital, trabalho e recursos.

Qualquer sistema que não tenha como medir, e muito menos priorizar, custos de oportunidade (ou seja, o que mais poderia ter sido feito ao capital, trabalho e recursos) e a maximização da utilidade – não é só incompleto, é extremamente errado e estruturalmente destrutivo.

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