O fim do espaço Schengen?
REUTERS/Bernadett Szabo
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As autoridades da União Europeia começam hoje a discutir as possibilidades de suspensão do Acordo de Schengen sobre as fronteiras internas na sequência da crise dos refugiados.

A reunião dos ministros dos Negócios Estrangeiros da UE sobre a suspensão do acordo de Schengen ocorrerá nesta sexta-feira, a 4 de dezembro. Se os ministros apoiarem a iniciativa, a Comissão Europeia poderá sugerir fechar uma ou várias fronteiras internas na zona de Schengen para um prazo de até dois anos.

Como resultado, os controlos fronteiriços introduzidos neste verão pela Áustria e Alemanha serão prolongados. Além disso, a Alemanha, Áustria, França e Suécia poderão endurecer e ampliar os limites fronteiriços temporários, já aprovados pela Comissão Europeia.

Porém, é importante entender que as filas, pontos de controlo e inspeções irão afetar significativamente a economia europeia.

Por um lado, a falta de controlo nas fronteiras no grande território europeu durante as últimas décadas causou preocupações quanto aos migrantes em alguns países. Por outro lado, tal também tornou os europeus mais ricos, graças à facilitação de comércio e turismo.

Dane Davis, um analista de Wall Street e um dos autores da pesquisa sobre a influência económica na zona de Schengen realizada no ano passado, considera que devolver as fronteiras na Europa a longo prazo vai custar-lhe muito caro. Eis o que ele disse:

"É lógico supor que o fim do Acordo de Schengen levará à redução do comércio. Para toda a Europa as perdas irão atingir milhares de milhões de euros."

Então, qual irá ser o impacto económico do restabelecimento dos controlos fronteiriços na Europa? Eis as quatro tendências principais:

  1. A mão-de-obra irá tornar-se muito menos móvel
  2. O trabalho vai ser mais caro
  3. O euro terá problemas novamente
  4. A Europa de leste, por outro lado, irá ganhar com isso

Para saber mais sobre como o cancelamento do Acordo de Schengen irá afetar a economia da zona euro, leia o artigo "O fim da liberdade de movimento na Europa".

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