A Bolsa de Valores mais atraente do mundo está na China
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Esqueça o S&P500 – este ano os mercados na China estão a bombar de uma forma incontrolável e não mostram sinais de irem abrandar tão cedo.

O Shenzhen Composite cresceu até agora uns impressionantes 47% – tornando-o facilmente no mercado mais atraente de 2015. A referência chinesa Shanghai Composite também deu um pulo de 19%.

Estes enormes saltos no mercado não estão em conformidade com a economia chinesa em geral – o PIB está a crescer mais devagar e os recentes dados económicos foram desapontantes.

No entanto, os peritos dizem que os investidores chineses que estão a apostar no governo central serão forçados a tomar medidas estimulantes para reavivar a economia estagnada – uma medida que se prevê que irá manter as ações elevadas.

“O mercado de ações acredita claramente que o governo chinês vai continuar a tomar medidas políticas para atingir os objetivos de crescimento e que as fracas estatísticas de crescimento irão conduzir a uma maior flexibilização política”, escreveu numa nota de investigação o estrategista de ações do BNP Paribas Manishi Raychaudhuri.

Também foi ordenado aos bancos do país para manterem menos capital em reserva e as taxas de juros de referência já foram cortadas duas vezes este ano. Segundo Michael Liang da Foundation Asset Management, ambas as medidas impulsionaram as ações. Os economistas preveem que o banco central é capaz de cortar ainda mais as taxas de juro.

Nomeadamente, a cidade de Shenzen foi ajudada pela mistura da sua lista de empresas – o índice está repleto de jovens empresas ligadas à tecnologia, aos média e às telecomunicações. Em Shanghai, as empresas estatais são a principal atração.

Vários peritos dizem que o boom das ações chinesas também foi impulsionado por um interesse renovado dos pequenos investidores.

Em 2013, um infeliz episódio de erros por parte da regulação do mercado afastou os investidores, arruinando a sua confiança e levantou questões sobre a sua fraca regulação.

Atualmente, muitos investidores privados estão a retirar o seu dinheiro de investimentos alternativos – tais como o debilitado sector imobiliário – e a investi-lo novamente nas ações.

De acordo com os dados do BNP, foram abertas na China cerca de 170.000 novas contas de exploração de ações por dia útil, mais do que 10 vezes a média do ano passado.

A massiva ascendência das ações chinesas está apenas a encher os bolsos dos investidores nacionais – o investimento estrangeiro em ações chinesas é ainda muito restrito. Segundo Raychaudhuri, o volume de negócios proporcionado por um programa lançado no ano passado que permite aos estrangeiros investirem em Shanghai contribuiu para uma fração insignificante do volume diário.

Todavia, para os investidores chineses “o rio de dinheiro parece continuar a fluir, pelo menos num futuro próximo”, afirma Raychaudhuri.

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