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O escândalo da Volkswagen está a afetar as ações das empresas do setor automóvel, e consequentemente os principais índices europeus.

As ações das fabricantes europeias de automóveis estiveram sob uma pressão forte e constante na terça-feira, por um lado temos os investidores a tentar fugir do setor enquanto por outro lado temos a preocupação sobre a potencial extensão do escândalo de fraude que afetou a VW.

As construtoras de automóveis ocuparam metade dos lugares da lista das maiores quedas no índice internacional FTSE Eurofirst 300. O subíndice de automóveis e componentes — que durante os primeiros três meses do ano tinha ajudado a impulsionar os ganhos em todo o índice pan-europeu — diminuiu 8,3%, baixando as perdas do setor durante esta semana em 13,4%.

A Volkswagen (XETRA: VOW3), a empresa no epicentro do problema, anunciou que estava a pôr de lado 6,5 mil milhões de euros no seu terceiro trimestre como provisões relativas ao software de gestão de motores que falseou os testes norte-americanos de emissões.

As ações da construtora de carros alemã caíram 19% para 108,50€ na terça-feira, acrescentando a uma queda que diminuiu as ações da VW em quase um quinto na segunda-feira. As ações da empresa têm, neste momento, menos de metade do seu valor máximo de 250€ em março.

A VW não está sozinha nesta situação: existe a preocupação de que o escândalo pode ter implicações em toda a indústria automóvel. A BMW (XETRA: BMW) e a Daimler (XETRA: DAI) perderam 3,8%, para 80,20€ e 5,4% para 67,24€, respetivamente. As ações da Porsche (XETRA: PAH3) perderam 17% na terça-feira para 41,95€.

A venda de ações atravessou fronteiras. A rival francesa da VW, a Peugeot, perdeu 8,2% para 13,94€ e a sua compatriota Citroen perdeu 5,5% o que fez o seu valor baixar para os 65,70€.

Há avisos de que a pressão poderá vir a piorar com a extensão real do problema.

"Normalmente, quando um escândalo surge, o preço das ações recupera rapidamente o seu valor, com os traders a reagir de forma exagerada à notícia," disse Peter Garnry, diretor estratégico de equidade do Saxo Bank.

“ [Mas] Os compradores não estão a voltar ao normal quando se trata da Volkswagen. A incerteza é simplesmente muito grande e não existe nenhum precedente. Novas oportunidades vão surgir, mas tudo isto requer tempo. Temos que esperar, por agora."

A grande queda do sector levou consigo os índices nacionais de referência das ações. O índice Xetra Dax da Alemanha caiu 2,9% para 9.668,92. O índice CAC 40 da França perdeu 3% para 4.449,57. Na Itália, o índice FTSE MIB perdeu 2,7% para 21.162,66.

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