O que os investidores devem e não devem fazer
Reuters/Lucas Jackson
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Os mercados globais estão a apresentar movimentações que muitos consideram reminiscentes da crise financeira de 2008. Como deveremos reagir?

Investidores assustados pela recessão podem agarrar-se a comparação e começar a perguntar-se se devem esperar que a turbulência passe o começar a vender. Aqui está o que os peritos em finanças aconselham aos investidores preocupados: relaxe, porque os investimentos devem ser planos de longo prazo.

“Décadas de livros e manuais escolares dizem-nos para nos sentarmos com calma, e eu assume sempre que os investidores irão eventualmente percebê-lo,” diz Randy Bruns, um conselheiro de riqueza na HighPoint Planning Partners em Downers Grove. “Ou está mal informado ou é tolo se não respeitar o facto de que os mercados podem ser ocasionalmente violentos.”

O S&P 500 estava a cair cerca de 2,5% na tarde da terça-feira passada, para cerca de 1.945. Na quarta-feira, 433 das 500 empresas sofreram quedas depois depois das ações da Apple (NASDAQ: AAPL) e do preço do petróleo terem caído. Mas Bruns afirma que se este grau de volatilidade interessar a um investidor, é um sinal de que talvez ele tenha demasiado dinheiro de curto-prazo no mercado de ações.

Allan Roth, fundador da Wealth Logic LLC, uma empresa de aconselhamento de investimento e planeamento financeiro baseada no Colorado, afirma que os investidores deveriam lembrar-se de um ponto-chave: ninguém consegue predizer o que é que os mercados fazem. Roth diz:

“Quando as ações estão a subir, pensamos todos que conseguimos correr uma boa dose de risco. Mas se elas caiem, passamos a querer pôr todo o dinheiro debaixo do colchão.”

Mas as pessoas não deviam pensar assim, especialmente se os seus portefólios forem equilibrados, o que pode ajudar a que os investidores se sintam mais calmos quando o mercado oscila. E para aqueles que tenham dinheiro extra, quedas ligeiras no preço das ações podem significar uma boa altura para comprar.

No ano passado a volatilidade esteve abaixo da média, diz ele, por isso os investidores deveriam ter esperado que o mercado passasse a ter uma tendência mais volátil mais tarde ou mais cedo.

Os investidores deveriam usar esse tempo para se lembrarem que um portefólio equilibrado e diversificado pode ajudar a que os investidores se sintam mais calmos quando há alterações, diz ele, e consideram que as recentes quedas são insignificantes comparadas com a altura em que os mercados caíram mais de 50% durante a crise financeira.

“Repare no que fez em 2008, e caso tenha entrado em pânico e vendido em 2008, provavelmente irá fazer a mesma coisa novamente se o mercado entrar em quedas prolongadas, e caso assim seja simplesmente não deverá investir no mercado de ações,” afirma Roth.

O mercado recuperou da recessão e voltou aos máximos de 2007 em 2013, atingindo vários recordes no ano passado – uma outra razão pela qual os peritos afirmam que os investidores deveriam reconsiderar os seus planos de longo prazo e objetivos.

Os investidores deveriam lembrar-se das “10 verdades dos mercados baixistas”, com a primeira sendo de que às vezes, as ações caiem, de acordo com o blog “A Wealth of Common Sense” (Uma Riqueza de Senso Comum), de Bem Carlson, diretor de gestão institucional de ativos na Ritholtz Wealth Management, de Nova Iorque, e autor de um livro de investimento com o mesmo nome.

“A maioria dos investidores assume erroneamente que se faz dinheiro quando os mercados estão a subir”, escreveu Carlson. “Mas a razão por que tantos investidores falham é porque tomam decisões erradas quando os mercados caiem.”

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