11 Empresas que irão lucrar com a realidade virtual

Alphabet, Facebook e Sony são algumas das empresas a investir em dispositivos de realidade virtual. Prevê-se um mercado lucrativo.

A Alphabet (NASDAQ: GOOG), empresa-mãe da Google, lançou o seu primeiro visualizador de realidade virtual em 2013 e tem, desde então, continuado a investir em realidade virtual – com projetos como o Google Cardboard e o vídeo 360 graus no YouTube. Sugerindo a intenção de continuar a investir em realidade virtual a empresa nomeou recentemente Clay Bavor – que geria o Cardboard, Gmail, Docs e Drive – para gerir uma nova divisão de realidade virtual. Há rumores de que a Google se encontra a construir uma nova versão do Glass – e que terá distribuído o produto, secretamente, a empresas de cuidados de saúde, manufatura e energia.

A Advanced Micro Devices (NASDAQ: AMD) constrói processadores gráficos e de computação –centrais para jogos de realidade virtual de alta qualidade. A empresa já estabeleceu parcerias com fabricantes de equipamentos, fabricantes de auscultadores e programadores de software. Além disso, novos dispositivos de realidade virtual, como os muito esperados Oculus Rift, poderão apenas funcionar com unidades de processamento gráfico de alta qualidade, como os da AMD.

O Facebook (NASDAQ: FB) está num lugar de topo para capitalizar receitas de publicidade de realidade virtual devido à sua aquisição da Oculus, uma fornecedora de tecnologia de realidade virtual, por 2 mil milhões de dólares em março de 2014. A Oculus concentra-se atualmente em jogos de vídeo mas Mark Zuckerberg planeia expandir o alcance da tecnologia para incluir comunicação digital. A Oculus lançou recentemente as pré-encomendas do seu Oculus Rift, que será vendido a preço de custo – 599 dólares. Vender a preço de custo poderá prejudicar as margens de lucro do Facebook; no entanto, potenciais receitas de publicidade no futuro deverão compensar essas perdas.

Também a principal fornecedora de câmaras de ação, a GoPro (NASDAQ: GPRO), está bem posicionada para lucrar com a realidade virtual. Na verdade, a empresa já oferece captura de vídeo esférico para profissionais com montagem de câmara que pode acomodar até 16 câmaras – como a Google Odyssey. A GoPro irá continuar a expandir a sua presença na captura de vídeo esférica ao vender a consumidores gerais. Será também de acrescentar que a fornecedora comprou a Kolor em abril de 2015 para melhorar a sua oferta de software para edição de fotografias e vídeos.

A HTC codesenvolveu o Vive, dispositivo de realidade virtual, com a grande empresa de jogos para PC Valve. A HTC combinou a sua experiência em tecnologia para smartphones com os conhecimentos de software de jogos da Valve e estabeleceu uma base de utilizadores online, para garantir uma entrada forte no mercado de jogos de realidade virtual. Espera-se que o Vive seja um competidor feroz do Oculus Rift, ostentando melhores ecrãs e menores custos de produção – para não mencionar o acesso a 100 milhões de membros, a nível global, da Valve.

Como líder em lentes para câmaras a Largan poderá tornar-se a maior produtora de lentes em miniatura para abastecer empresas dedicadas à realidade virtual. De acordo com os analistas a empresa prepara-se para atender à procura de um grande número de produtores de dispositivos de realidade virtual sendo que já é capaz de produzir uma grande variedade de lentes. Com reputação superior face aos concorrentes, a Largan poderá vir a controlar uma parte significativa dos previstos 500 milhões de pedidos anuais de lentes de aumento para tecnologias de realidade virtual.

No âmbito do crescente mundo da realidade virtual/realidade aumentada a Microsoft (NASDAQ: MSFT) tem-se focado em avanços na área da realidade aumentada através de parcerias com empresas como a Autodesk (NASDAQ: ADSK) para construir produtos para profissionais de engenharia e cuidados de saúde. A empresa de software já anunciou a data de lançamento da Microsoft HoloLens – dispositivo holográfico sem fios – que estará à venda por 3.000 dólares.

A Nvidia (NASDAQ: NVDA), uma empresa de tecnologia de processamento gráfico, poderá também ver crescimento de longo prazo com o boom da tecnologia de realidade virtual devido aos seus cartões gráficos. A Nvidia encontra-se numa posição competitiva pois as empresas líderes em termos de dispositivos de realidade virtual, como a Oculus e a HTC, apenas podem recorrer a cartões gráficos de alta qualidade para as suas tecnologias. A Nvidia também celebrou parcerias com cerca de 250 empresas para criar aplicações de realidade virtual para utilização pessoal e profissional.

A Qualcomm (NASDAQ: QCOM) fornece atualmente todas as grandes empresas de telemóveis e tablets. Como grande produtora de chipsets, a Qualcomm irá também lucrar com dispositivos de realidade virtual, que terão funcionalidades WiFi ou Bluetooth. A tecnologia de processamento de aplicações da empresa também apoia as unidades de processamento gráfico, que aceleram a criação de imagens e são uma componente vital dos produtos de realidade virtual/realidade aumentada.

A Samsung Electronics (SEC) está a utilizar a sua posição como maior fabricante de televisões e telemóveis do mundo para colmatar o fosso entre os smartphones e a realidade virtual. A SEC estabeleceu uma parceria com a Oculus, em setembro de 2014, para criar o Gear VR, um dispositivo de realidade virtual compatível com os smartphones da Samsung Galaxy. Ao contrário de outros dispositivos de realidade virtual, o Gear VR funciona através de wireless e é alimentado pelo smartphone. A Samsung também adotou uma faixa de preços mais baixa, de 200 a 100 dólares, para os seus produtos Gear VR tendo em vista o aumento de compras de smartphones Samsung compatíveis.

Além de ser uma potência em jogos, música, cinema, televisão e eletrónica a Sony é uma veterana da realidade virtual. A Sony começou a desenvolver produtos de realidade virtual na década de 90, o que criou uma base sólida para o lançamento do PlayStation VR, o dispositivo de realidade virtual que irá funcionar com a consola de jogos. Os analistas têm grandes esperanças para o PlayStation VR devido à grande base de utilizadores da PlayStation, à grande oferta de conteúdo por parte de terceiros e à alta compatibilidade do mesmo.