3 Ações para investidores de baixo risco

Os investidores de baixo risco devem evitar ações com crescimento volátil - optando por investir em empresas sólidas. O retorno poderá não ser imediato - mas os resultados, no longo prazo, poderão compensar.

Sejamos sinceros: nem toda a gente tem estômago para investir em ações individuais. A volatilidade do mercado pode impedir que os avessos ao risco tenham uma boa noite de sono. Ou, pior ainda, pode levá-los a tomar decisões precipitadas nos piores momentos.

Investidores como estes devem evitar ações que apresentem crescimento em montanha russa – e devem investir em empresas sólidas e chatas, que podem não produzir retornos incríveis num trimestre mas ajudam a construir uma base sólida de riqueza no longo prazo.

Seguem-se as 3 ações mais adequadas para investidores de baixo risco.

A Johnson & Johnson (NYSE: JNJ) é uma empresa que deve ser considerada em qualquer carteira de longo prazo. A empresa de cuidados de saúde é uma gigante de produtos de balcão (pensos rápidos, por exemplo), tecnologia médica e biofármacos.

No ano passado, as várias marcas da Johnson & Johnson geraram 70 mil milhões de dólares em vendas – e 70% surgiram de produtos classificados como nº1 ou 2 nos seus respetivos mercados. A sua linha de produtos inclui 24 marcas – e cada uma garante mil milhões, ou mais, em vendas anuais.

A força e diversidade dos seus produtos mostram que a empresa tem bastante capacidade financeira para investir em P&D para crescimento futuro bem como para devolver dinheiro aos investidores através de dividendos. Na verdade, o recorde de desenvolvimento e dividendos da Johnson & Johnson é invejável. Cerca de um quarto das suas vendas provém de produtos lançados nos últimos cinco anos, e a gestão tem aumentado os dividendos de cada um nos últimos 53 anos. Desde 1997 o pagamento de dividendos da empresa aumentou de 0,43 dólares para 2,95 dólares a ação.

Considerando a sua linha de produtos e dividendos a Johnson & Johnson é a opção certa para carteiras avessas ao risco.

Fazer o trabalho que mais ninguém quer fazer numa indústria com elevadas barreiras à entrada garante vantagem competitiva duradoura. Um exemplo? A gestão de resíduos. É um negócio de capital intensivo, considerando os necessários equipamentos e instalações, e que usufrui de vantagens geográficas, tendo em conta a dificuldade de abertura de um novo aterro. E, francamente, nem todas as pessoas se entusiasmam com o tratamento de resíduos.

É isso que torna a Waste Management (NYSE: WM) um investimento tão atraente. A empresa pegou nas suas vantagens competitivas e amplificou-as – através de inovação contínua e redução de custos. A empresa tem vindo, por exemplo, a converter a sua frota de recolha de lixo em veículos a gás natural, um combustível mais barato e que pode ser gerado pelos aterros da mesma – que libertam metano. Uma equipa de gestão consciente, e favorável aos acionistas, tornou um negócio sem glamour num que tem gerado retornos estelares sobre o capital próprio – excluindo algumas interrupções – ao longo de mais de uma década.

As ações da Waste Management poderão aumentar e diminuir ao longo do tempo mas as bases da empresa têm-se mantido fortes. Enquanto continuarmos a deitar coisas fora a Waste Management continuará uma ação de baixo risco – a considerar para a sua carteira.

A PepsiCo (NYSE: PEP) é líder de mercado no setor das bebidas não alcoólicas e snacks. A empresa possui uma carteira extremamente valiosa, com 22 marcas diferentes – cada uma com uma receita global superior a mil milhões de dólares. Além do valor da marca, a PepsiCo conta com uma rede de distribuição gigante e com recursos financeiros significativos para investir em áreas como marketing e publicidade – o que lhe fornece força competitiva.

A procura dos consumidores tem atravessado uma importante transformação, com cada vez mais clientes preocupados com a criação de hábitos de alimentação saudável, e a PepsiCo tem procurado adaptar-se a esta nova tendência – com marcas mais saudáveis como a Tropicana, Quaker Oats e Gatorade, entre outras.

Baseada nestas forças a PepsiCo tem sido capaz de produzir um consistente crescimento de dividendos através de bons e maus tempos económicos. A empresa tem elevado os dividendos a cada ano ao longo dos últimos 44 anos – e na última década retornou mais de 65 mil milhões de dólares aos investidores através de dividendos e recompra de ações. A gestão planeia recompensar os acionistas com 7 mil milhões de dólares em 2016.

A PepsiCo está também a negociar a uma valorização razoável. Depois de ter levantado os dividendos até 7,1% para 2016, a ação garante um dividend yield (rendimento) de cerca de 3%.