A empresa caiu abaixo dos 19 dólares por ação logo após a sua Oferta Pública Inicial (IPO na sigla original) – antes de recuperar quase 600%
O Facebook (NASDAQ: Facebook [FB]) está passando por uma recuperação incrível com as suas ações em alta, a mais 87 dólares por ação frente ao preço aquando da IPO em 2012.
No entanto, nem sempre correu tudo bem para a empresa por detrás da maior rede social do mundo. No início da vida do Facebook como empresa cotada na bolsa, as questões ao redor da monetização móvel da empresa arrastaram rapidamente as ações para um valor inferior ao seu preço aquando da Oferta Pública Inicial.
Em setembro de 2012, as ações foram brevemente negociadas abaixo dos 18 dólares – na medida em que o acordo para comprar o Instagram por bilhões de dólares, em capital e ações, contribuiu para um sentimento pessimista. O acordo, anunciado antes da IPO do Facebook, foi amplamente criticado pois o Instagram não gerava receita e a sua aquisição foi paga com a emissão adicional de ações. O único aspeto positivo da queda do preço das ações do Facebook foi que a mesma tornou a (aparentemente imprudente) compra cerca de 25% mais barata.
Nos quatro anos que se seguiram à sua queda abaixo de 18 dólares por ação em 2012, as ações do Facebook subiram para mais de 100 dólares por ação – um incrível aumento de 600%. Segue-se o que os investidores devem observar no futuro.
Mudança contínua para o digital
O Facebook está no lugar do condutor na maior mudança ao nível de marketing desde a criação da televisão. De acordo com a eMarketer, devido ao monumental crescimento da publicidade móvel nos EUA, a despesa total com publicidade digital irá ultrapassar a despesa com publicidade na televisão pela primeira vez. As empresas de análise de marketing esperam que em 2020 o digital comande aproximadamente 45% – cerca de metade – de todos os dólares norte-americanos investidos em publicidade, com a televisão ficando com cerca de um terço (32,9%), o mesmo que a publicidade móvel.
Neste momento o Facebook é o principal beneficiário do aumento do marketing móvel. Mais dados da eMarketer (através do Pew Research Center) concluíram que a quota do Facebook ao nível de receita proveniente de publicidade digital (total) se situou em 30% no ano passado, frente a 25% no ano anterior. O Facebook deverá continuar beneficiando, daqui para a frente, do afastamento da televisão e de outros meios como versões imprensas e rádio.
Quem ri por último...
Parece que Zuckerberg será o último a rir quanto à compra do Instagram. Depois de ter sido fortemente desaprovada quatro anos atrás, a aquisição deverá começar a aparecer de forma positiva nas finanças do Facebook. A empresa anunciou este ano que tem agora 500 milhões de usuários ativos mensais, mais do que os 313 milhões do Twitter. Onde os números do Twitter quanto a usuários ativos mensais estagnaram o Instagram continuou crescendo, com mais 100 milhões de usuários, ou 25%, em 10 meses.
Durante o último trimestre, Zuckerberg anunciou a introdução de ferramentas de publicidade no Instagram. Zuckerberg foi sempre cauteloso com o equilíbrio entre a experiência do usuário e a monetização mas parece agora que a empresa sente confiança para apostar em mais publicidade.
O Facebook poderá liderar na área da realidade virtual
Se a próxima grande coisa na tecnologia for realmente a realidade virtual e a realidade aumentada, então o Facebook está bem posicionado. Em 2014, a empresa pagou 2 bilhões de dólares pela Oculus VR, a fabricante do handset Rift. Decorre atualmente uma batalha oculta pela realidade virtual e aumentada, com a Alphabet (NASDAQ: Alphabet Class C [GOOG]) criando o cargo de diretor para a realidade virtual e anunciando um sistema operativo de realidade virtual chamado Daydream, que será lançado no outono.
Tim Cook da Apple (NASDAQ: Apple [AAPL]) também avançou que está investindo na realidade aumentada e acrescentou “Penso que a RA poderá ser enorme.”
Com isso dito, o Facebook aparece atualmente na liderança dessa tecnologia e irá muito provavelmente continuar como um grande jogador nessa área.
Nenhum investimento é perfeito, claro – e existem riscos com o Facebook. No entanto, mesmo depois de uma recuperação incrível ao longo de quatro anos, em que as suas ações subiram para mais de 100 dólares a ação, a empresa parece ter mais espaço para crescer.