Os 14 países com os bancos mais seguros do mundo

De acordo com o Relatório Global de Competitividade do Fórum Económico Mundial, que avança uma série de indicadores quanto à saúde das instituições de cada país.

Com a possibilidade do Deutsche Bank poder estar à beira do colapso com o peso de uma enorme multa do Departamento da Justiça dos EUA, a segurança e integridade das instituições financeiras volta a estar sob os holofotes.

Como resultado, demos uma vista de olhos pelos países com os bancos mais seguros, recorrendo ao recém-divulgado Relatório Global de Competitividade do Fórum Económico Mundial que oferece uma série de indicadores quanto à saúde das instituições em cada país.

Um dos indicadores foca-se na perceção dos cidadãos quanto à segurança dos seus bancos.

O Fórum Económico Mundial, no âmbito do relatório, colocou a seguinte questão: “em geral, como considera a solidez dos bancos?”

Como referido, a medida não se baseia em medidas económicas ou contabilísticas objetivas – mas antes nas perceções da população. Os países foram classificados de 1 (bancos que precisam de mais dinheiro) a 7 (bancos que parecem estar bem).

A pesquisa mostrou que os cidadãos do Reino Unido e EUA não confiam no seu sistema bancário desde a crise financeira de 2008. O Reino Unido surge em 62º lugar e os EUA em 36º – abaixo da Guatemala, Colômbia e Honduras.

Saiba quais os países com os bancos mais seguros.

O setor bancário checo é incomum na medida em que a indústria é dominada por bancos estrangeiros. No entanto, os cidadãos não se importam, classificando-o como o 14º mais seguro do mundo.

O densamente populado país da América Central, com 15,5 milhões de habitantes, tem três jogadores-chave no seu sistema bancário: Banco Industrial, Banco G&T Continental e Banco de Desarrollo Rural. São os três vistos como sãos, de acordo com a pesquisa do Fórum Económico Mundial.

Não é surpresa o facto do Luxemburgo surgir numa posição elevada na medida em que o país é conhecido pelo seu setor financeiro. O seu Banque et Caisse d’Épargne de l’État é muitas vezes citado como um dos mais seguros do mundo.

Como o país carece de banco central os bancos do Panamá são geridos de forma conservadora: os rácios de capital correspondem a quase o dobro dos mínimos exigidos em média. Tradicionalmente considerado um paraíso fiscal, o país realizou progressos substanciais para afastar essa reputação desde a crise financeira.

Embora os bancos suecos estejam a ser pressionados pela política de taxas de juro negativas do Riksbank, encontram-se entre os mais seguros do mundo, de acordo com a pesquisa realizada.

Em julho, a agência de classificação Fitch depreciou as perspetivas quanto ao sistema bancário do país para negativas, com base “no enfraquecimento da qualidade e rentabilidade dos ativos”. No entanto, isso não assustou os chilenos.

Singapura é conhecida como um dos maiores centros financeiros do mundo e a solidez do seu setor bancário reflete esse aspeto.

Como economia dependente do petróleo a Noruega tem enfrentado sérios problemas nos últimos anos e, em agosto, o seu sistema bancário viu as suas perspetivas reduzidas para negativas pela Moody’s. No entanto, a pesquisa realizada sugere que os bancos do país continuam sólidos.

Outro centro financeiro global, Hong Kong é casa de filiais dos maiores bancos do mundo – e são algumas das mais seguras instituições financeiras do mundo.

A maioria do setor bancário australiano divide-se por um pequeno grupo de quatro grandes bancos – e os bancos estrangeiros são fortemente regulados, assegurando um sistema robusto.

O setor bancário da Nova Zelândia é dominado por um grupo de cinco jogadores financeiros. Com lucros e crescimento decente, sem muita concorrência, o setor tem prosperado. No entanto, deslizou da segunda posição no ano passado para a quarta posição em 2016.

Os bancos canadianos são há muito sinónimo de estabilidade. Apenas dois pequenos bancos regionais entraram em falência em quase 100 anos – não se tendo verificado qualquer falência durante a Grande Depressão dos anos 1930. No ano passado, os bancos do país foram considerados os mais seguros do mundo. A confiança parece ter caído um pouco.

Os “quatro grandes” da África do Sul – Standard Bank, FirstRand Bank, Nedbank e Barclays Africa – dominam o setor no país e são amplamente vistos como bastante seguros, com apenas outro país numa posição superior.

O setor bancário da Finlândia é dominado por caixas económicas e cooperativas, que representam pouco risco. O governador do banco central do país, Erkki Liikanen, tem vindo a propor a divisão da banca de investimentos das atividades de depósitos dos bancos europeus. Em 2015 a Finlândia ficou em quarto lugar no ranking, logo os bancos do país são considerados ainda mais seguros este ano.