3 Empresas a acompanhar esta semana
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As ações da Netflix, American Express e Johnson & Johnson poderão ser alvo de grandes oscilações ao longo dos próximos dias de negociação

As ações caíram mais de um ponto percentual na semana passada, levando o Dow Jones Industrial Average (INDEX: DJI) e o S&P 500 (INDEX: SPX) para um ganho de 4% – uma queda frente a 6% no início de março.

Entretanto, a temporada de resultados relativos ao 1º trimestre de 2017 avança a alta velocidade esta semana e os investidores podem esperar bastante volatilidade em ações individuais. Alguns dos relatórios mais esperados esta semana: Netflix, Johnson & Johnson e American Express.

Netflix: tendências de adesão

Os investidores estão se preparando para uma desaceleração do crescimento da gigante de streaming de vídeo Netflix (NASDAQ: NFLX), que relata os resultados do seu primeiro trimestre fiscal do ano depois do encerramento dos mercados hoje. A empresa superou as expectativas no trimestre passado ao ter contado com mais 7 milhões de novos assinantes em comparação com a previsão da gestão de 5,2 milhões. Como resultado, a Netflix verificou uma saudável aceleração do seu crescimento anual – com os registros de membros aumentando para 19 milhões em 2016, frente a 17,4 milhões no ano anterior.

Entretanto, contudo, Reed Hastings, CEO, e a sua equipe executiva previram uma desaceleração para este trimestre: ganhos de adesão despencando para 5,2 milhões, de 6,7 milhões – número alcançado graças, em parte, à forte expansão internacional da empresa.

Além dos ganhos ao nível de novas adesões, os investidores irão procurar evidência de que a Netflix expandiu a sua rentabilidade em direção ao objetivo de 7% definido para 2017 – bem como de que as tendências de fluxo de caixa não estão piorando ao ponto de requererem outra infusão de dívida antes do final do ano.

Johnson & Johnson: medicamentos em carteira

A titã de cuidados de saúde Johnson & Johnson (NYSE: JNJ) deverá anunciar os seus resultados amanhã de manhã, terça-feira. A ação está superando o mercado, até agora, este ano mas tal não surge como surpresa para acionistas de longo prazo que têm visto suas ações crescer a um ritmo anual de dois dígitos desde 1985.

Os resultados operacionais têm sido impressionantes ultimamente. As vendas subiram 7% no ano fiscal de 2016 graças aos resultados do seu segmento de farmácia. A divisão de consumo, entretanto, viu a sua rentabilidade melhorar num difícil ambiente de vendas.

A empresa espera que o segmento de medicamentos ajude a impulsionar as vendas orgânicas até entre 4% e 5% em 2017, para marcar uma melhoria frente ao impulso de 3,9% do ano passado. Ao mesmo tempo, a rentabilidade – que é líder na indústria – deverá garantir a geração de fundos suficientes (que a gestão poderá direcionar para pesquisa e desenvolvimento) bem como forte crescimento dos dividendos.

American Express: em recuperação

A gigante de serviços de crédito American Express (NYSE: AXP) irá relatar os seus mais recentes números operacionais na quarta-feira à tarde – sendo que os investidores esperam continuar vendo impulso positivo ao nível do crescimento de empréstimos e de gastos por parte dos detentores de cartões. A indústria foi duramente atingida em 2015 e início de 2016, especialmente pela perda de parceria com a Costco (NASDAQ: COST) ao nível de cartões de crédito.

No entanto, as coisas parecem melhores ultimamente. Os saldos de empréstimos globais subiram 11% no ano passado, marcando uma recuperação sólida frente ao declínio de 17% no ano anterior. “No início de 2016 dissemos que nos iríamos mover com um forte sentido de urgência para alterar a trajetória do nosso negócio.” – Afirmou o CEO Kenneth Chenault aos investidores em janeiro. “Os resultados que estamos relatando hoje refletem progresso substancial ao nível desse compromisso.” – Acrescentou.

Os acionistas irão procurar mais desse progresso esta semana sob a forma de aumento dos saldos de empréstimos e da emissão de cartões, excluindo o negócio perdido com a Costco que ainda prejudica os resultados. Além disso, irão exigir evidência de que a despesa com marketing e ações promocionais está gerando resultados sólidos ao nível de quota de mercado – e colocando a American Express em posição para gerar lucro saudável, impulsionado pelo crescimento.

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