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De acordo com Paul Sullivan as pessoas ricas têm muito dinheiro enquanto as pessoas prósperas têm a segurança de saber como gerir o dinheiro. E há ainda os super-prósperos que sabem gerir o dinheiro e têm-no em enormes quantidades

Em "The Thin Green Line: The Money Secrets of the Super-Wealthy", o autor Paul Sullivan faz uma distinção entre ser rico e ser próspero.

As pessoas que são ricas, diz ele, têm muito dinheiro. As pessoas prósperas têm a segurança que vem com o saber de como gerir o dinheiro que têm para que ainda tenham dinheiro amanhã.

As pessoas super prósperas aplicam o conhecimento a um enorme saldo bancário. Então, como é fazer parte dos super-prósperos?

Sullivan, que é também o colunista do New York Times, explicou ao Business Insider sete dos segredos que ele descobriu nas suas pesquisas.

1. Pessoas super-prósperas ainda se querem identificar como classe média

Durante o lançamento de "The Green Thin Line", Sullivan está sentado numa opulenta sala no Upper East Side em Nova Iorque, a ouvir a discussão de "quatro homens que valem dezenas de milhões de dólares sobre quem teve a infância mais pobre."

"É uma das coisas boas e más de ser americano", disse Sullivan ao Business Insider." Quando chega ao topo da pirâmide da riqueza, as pessoas ainda querem pensar em si mesmas como classe média. O de onde viemos está muito enraizado em nós – muito mais que o onde chegámos."

2. Muitas pessoas prósperas não têm a certeza de como comunicar a sua riqueza aos seus filhos

"Num esforço de manter as crianças motivadas, os pais afastam as crianças da sua riqueza o mais possível", escreve Sullivan.

"Não é diferente dos pais de crianças de classe média que não falam sobre o dinheiro e deixam-nas a adivinhar sobre quanto têm, quando podem ter muito menos."

Isto leva ao que ele chama "herdeiros abrigados", ou crianças que não têm nenhuma noção de como lidar com a enorme riqueza que receberam.

No entanto, há uma outra abordagem: Sullivan escreve sobre Doug Ideker, que fundou e foi dono de uma empresa de materiais de construção no Colorado até que a vendeu por dinheiro suficiente para se reformar aos 40 anos. Ele sempre determinou que os seus dois filhos ou encontrariam empregos de verão por conta própria ou trabalhariam para a sua empresa... Na doca de carregamento às 6:30 da manhã.

Ideker criou dois filhos adultos a que ele chama "herdeiros inspirados", que Sullivan descreve como "uma classe de crianças que são movidas apesar da riqueza da sua família."

3. Eles percebem que é importante dar a volta ao sistema fiscal – legalmente

Os impostos apresentar uma grande ameaça para quem é rico mas não é inteligente a lidar com os seus impostos.

"As pessoas super-prósperas entendem que, com a orientação adequada, podem pagar exatamente a quantidade que é suposto pagar em impostos – nem um centavo a mais", diz Sullivan. "É muito menos do que as pessoas pensam que a conta vai ser. Há uma maneira de dar a volta ao sistema sem quebrar a lei."

4. Eles sabem que não podem gastar o que quiserem, quando quiserem

Sullivan caracteriza as pessoas com posses em três tipos:

Os dissipadores ficam ricos enquanto jovens através de algo como um contrato profissional de desporto ou a venda de uma empresa, e nunca vão ganhar tanto outra vez.

Os acumuladores "acumulam uma pilha de dinheiro a fazer algo que é intelectualmente interessante ou desafiador, mas esperam até muito mais tarde para gastá-lo em algo por que estejam apaixonados."

Os ganhadores-e-gastadores deixam o dinheiro entrar e sair à medida que ganham o que precisam e compram o que querem.

Mas os que permanecem prósperos são os que reconhecem que a sua riqueza é limitada. Num capítulo chamado "Dicas de gastos de pessoas que gastam muito, mas não estão falidas", Sullivan fala com Adam Carriker, um ex-jogador defensivo dos St. Louis Rams.

Depois de obter um contrato de cinco anos, e de 14,5 milhões de dólares, em 2007, Carriker perdeu uma temporada por causa de uma lesão e foi trocado para outra equipa do outro lado do país, tendo que vender a sua casa local perdendo dinheiro.

"A melhor frase que ouvi foi: ‘Não viva como um rei durante pouco tempo, viva como um príncipe para sempre’", disse Sullivan. "Quando começa a viver como um rei, está a perder."

5. Eles preferem comer fora menos vezes e poupar mais para a reforma

Um dos destaques da pesquisa de Sullivan, realizada com o Dr. Brad Klontz, era como os hábitos de consumo dos super-prósperos se comparavam com os dos ricos.

"As duas conclusões são que a principal diferença entre o 1% e a pessoa rica média – os 5% a 10% – é que o 1% come fora 30% menos, e economiza 30% mais dos seus rendimentos para a reforma ou o que possa precisar", diz Sullivan.

Ele continua: "Para mim, é um grande exemplo das escolhas, decisões e comportamentos no livro – em vez do, ‘vou privar-me e guardar o meu dinheiro,’ ou ‘vou gastar tudo agora e espero que venha mais'. É fazer escolhas racionais para se certificar de que ainda está rico daqui a muitos anos."

6. Eles sabem que algo vai acontecer, algum dia, e planeiam em conformidade

Os super-ricos suspeitam que as coisas nem sempre podem ser tão boas como são agora. Na verdade, eles sabem disso.

"As pessoas mais experientes ainda se estão a divertir hoje", diz Sullivan. "Não estão a viver como monges, mas estão a imaginar um tempo em que algo vai dar errado, e estão a pôr dinheiro de lado cuidadosamente. Estão a certificar-se que têm uma almofada para quando a coisa acontecer, não ser completamente destrutiva para a vida que estavam a viver."

7. Tal como o resto de nós, eles não são totalmente racionais sobre o dinheiro

"Ou é animador ou deprimente, com base no seu ponto de vista, que as pessoas com dinheiro cometam os mesmos erros ridículos que toda a gente faz", diz Sullivan.

A pesquisa que Sullivan e Klontz conduziram descobriu o seguinte, conforme descrito em "The Green Thin Line":

...O 1% tinha realmente mais probabilidade de cometer erros comuns de investimento que o top 5%. Eles eram excessivamente confiantes na sua capacidade de investir. Fizeram mais negócios. Eles tinham orgulho em vender ativos vencedores, e estavam mais propensos a manter os investimentos que tinham perdido valor, em vez de vendê-los, aguentando a perda, e passando para outra coisa. Eles também investiram em empresas dirigidas por amigos – embora dissessem que sabiam que era uma má ideia – e seguiram o conselho dos amigos sobre o de um consultor financeiro sobre os investimentos.

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