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Saiba quanto andam a gastar os colecionadores para adquirir as obras que marcaram a história da arte.

Ainda vamos nos primeiros seis meses de 2015, e os colecionadores de arte já gastaram – no mínimo – 3,7 mil milhões de dólares em arte impressionista, moderna, do pós-guerra, e contemporânea em leilão.

Contra todas as probabilidades, ainda havia dinheiro (e, presumivelmente, embora improvável, espaço na parede) para gastar na terça e quarta-feira em Londres, onde os colecionadores gastaram um total de 393 milhões dólares em arte impressionista e moderna nas vendas da noite na Christie’s e na Sotheby, uma sólida, se não deslumbrante, soma, uma vez que a alta estimativa combinada de ambas as vendas foi de 455,6 milhões de dólares. (Os totais incluem o prémio do comprador. As estimativas não.)

Talvez num esforço para cativar o interesse de colecionadores fatigados, a Sotheby usou todos os seus trunfos. A casa de leilões apresentou uma pintura excepcionalmente rara do pintor russo Kazimir Malevich – Suprematism (estimativa: entre 23,1 e 30,8 milhões de dólares). Foi vendida por 34 milhões de dólares. Houve também um retrato branco cremoso, de corpo inteiro de Gustav Klimt (estimativa: entre 18,5 e 27,7 milhões de dólares), que a fundação Klimt vendeu como parte de um acordo de restituição e que subiu aos $39 milhões. (O objeto do retrato, a vienense Gertha Felsőványi, foi forçada a fugir dos nazis em 1939 e perdeu toda a sua coleção.) A Christie’s, por sua vez, teve uma venda que seguiu em cheio as previsões; o seu lote líder era uma cobiçado pintura tardia de Claude Monet, de iris, que foi vendida por 17,1 milhões de dólares. Foi pela última vez vendida em leilão em 1997, por $3,9 milhões. O que significa um aumento de 338% em 18 anos.

Já há muito tempo, a Sotheby – bloqueada numa batalha perpétua com a rival casa de leilões Christie’s – tem dominado a categoria de arte impressionista e moderna, enquanto a arte do pós-guerra e contemporânea manteve-se o domínio da Christie’s. No mês passado, em Nova Iorque, no entanto, a Christie’s virou o jogo ao alterar o seu cronograma de leilões e combinando várias categorias num leilão. A jogada funcionou, e a casa terminou a sua semana tendo vendido mais 323,2 milhões de dólares em arte impressionista e moderna do que a Sotheby.

Esta semana, porém, o status quo voltou. A Christie’s teve apenas um lote que foi vendido por mais de $10 milhões, enquanto a Sotheby teve uma espantosa quantia de nove. As vendas da noite da Christie’s totalizaram 112,9 milhões de dólares, enquanto a Sotheby conseguiu mais do dobro – $280 milhões. A lista a seguir dos 10 melhores trabalhos de ambas as noites mostra como a Sotheby recuperou a sua liderança.

1. Klimt, Bildnis Gertrud Loew (Gertha Felsőványi), 1902 —$39.149.268

2. Malevich, Suprematism, 18ª Construção, 1915 — $33.842.820

3. Manet, Le bar aux Folies-Bergère, 1881 — $26.767.556

4. Picasso, Deux Personnages (La Lecture), 1934 — $25.883.148

5. Degas, Petite danseuse de quatorze ans, 1922 — $24.998.740

6. Gauguin, Nature morte aux mangos, 1891-1896 — $18.277.239

7. Monet, Iris mauves, 1914-1917 — $17.216.021

8. Soutine, Le valet de chambre, 1927 — $17.039.068

9. Miró, Peinture, 1954 — $12.263.264

10. Derain, Londres: Le Quai Victoria, 1906 — $11.025.093

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