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O que é importante ouvir nem sempre é agradável. Transmitimos-lhe 20 factos dos quais certamente será bom que se consciencialize mas que lhe deixarão um gosto amargo.

  1. Os seus pais estarão cada vez mais distantes. Ainda quererão que você faça o que eles querem que faça. Está tudo bem, você não tem que o fazer. Você não é obrigado. Você acabará por chegar a um ponto em que, na verdade, saberá melhor que os seus pais – e não há nada de errado com isso. Acontece.

  2. Não só o mundo já não gira à sua volta – como nunca girou.

  3. Haverá pessoas que irão ver o seu desconforto ou dor e não se irão importar, e pensarão que você merece, e sentir-se-ão divertidas ou excitadas com isso.

  4. As pessoas não lhe devem a sua ajuda.

  5. Você não está sob qualquer obrigação de permanecer numa relação com alguém que o tenha prejudicado, mesmo que seja um dos seus pais ou companheiro, ou mesmo que seja alguém dependente de si. Você tem direito aos seus limites.

  1. Se você continuar a ter desentendimentos com várias pessoas sobre as mesmas coisas perceba que existe apenas um fator comum: você. Como um amigo meu disse uma vez, há muito tempo atrás: se uma pessoa lhe disser que você é um idiota você poderá ignorá-la. Se seis ou oito pessoas razoavelmente equilibradas expressarem a opinião de que você é um idiota, provavelmente estarão certas.

Editado para acrescentar, porque várias pessoas têm questionado “E quando eu desafio as pessoas que estão a prejudicar outras?” Observe a frase “pessoas razoavelmente equilibradas” como parte da condição de “você é um idiota”. As pessoas que prejudicam outras não são, por definição, pessoas razoavelmente sólidas.

  1. Só porque você é um adulto com o seu próprio negócio e o seu próprio sofrimento não significa que tenha o direito de ignorar o sofrimento dos outros. A vida de adulto não vem acompanhada do direito de ser egocêntrico. Deixe isso para a adolescência, onde pertence.

  2. A forma como você trata aqueles que não o beneficiam demonstra o seu caráter. A forma como você trata os sem-abrigo ou empregados de balcão é muito mais indicativa da pessoa que você realmente é do que a forma como você trata o seu chefe.

  3. Se você for colocado na posição de escolher entre uma promoção e uma amizade, escolha a amizade.

  4. Se você quiser que o mundo seja um lugar melhor o trabalho começa consigo. Você também terá que o fazer.

  5. Por vezes, quando você ajuda alguém essa mesma pessoa irá ajudá-lo em troca – mas nem sempre. Por vezes não será capaz de o fazer. Por vezes não se apercebe disso. Por vezes não consegue aceitar que precisava de ajuda por isso irá ignorá-la. A sua ajuda tem que ser dada sem condições – ou então não será ajuda, será apenas chantagem.

  6. As pessoas irão discordar de si. As pessoas não irão gostar de si. Mas há pessoas que irão concordar consigo e gostar de si. Certifique-se de que contata bastante com um grupo que gosta de si e modere o tempo junto do grupo que não gosta, para manter uma perspetiva precisa.

  7. Muitas pessoas da sua idade ainda não aprenderam estas lições de vida – mas isso não o liberta das suas obrigações de se comportar como um adulto. Poderão nunca aprender estas lições, mas você tem que aprender.

  8. Por vezes você poderá ajudar alguém a aprender uma ou mais destas lições. Por vezes isso poderá contribuir para terminar a amizade. As pessoas não gostam destas lições – envolvem verdade, mudança e dor. Não force mas esteja ciente – você poderá ser a alavanca que irá mover o mundo delas algum dia, apenas por compreenderem estas lições e agirem sobre as mesmas. Por vezes faz parte do seu trabalho ser o médico, não importa o que a Alanis Morissette disse.

  9. Não atribua a malícia o que pode ser adequadamente explicado por estupidez ou ignorância.

  1. Por vezes você poderá ser o momento de aprendizagem de alguém, quer goste ou não. Lide com a situação o mais graciosamente que conseguir.

Editado para acrescentar, considerando que muitas pessoas perguntaram o que “momento de aprendizagem” é: você poderá ser a primeira pessoa X que alguém conhece (onde X pode ser “pessoa de cor”, “autista”, “judeu”, “gay”, “estrela rock”, etc.) e esse alguém quererá respostas a perguntas que poderão parecer parvas, inúteis ou até mesmo ofensivas para si. No entanto, nesse momento, você é o momento de aprendizagem dessa pessoa. Você tem a oportunidade de fazer a diferença ao educá-la em relação a algo sobre o qual não tem conhecimento que você tem.

  1. A confiança depende do contexto, não é algo absoluto.

Editado para acrescentar pois diversas pessoas perguntaram o que quero dizer: Poderei confiar em si para guardar as minhas chaves de casa enquanto vou de férias mas poderei não confiar em si sozinho com os meus filhos pois sei que se enfurece com crianças e não quero os meus filhos em perigo. Poderei confiar que você irá aparecer a tempo da festa mas não poderei confiar que se irá lembrar de trazer o que lhe pedi que trouxesse pois sei que você é bom a chegar a horas mas não é bom a lembrar-se do que lhe pediram além disso.

  1. Tente lembrar-se de ter compaixão. Por vezes é difícil mas ajuda – e muitas pessoas esquecem-se.

  2. Você não pode resolver os problemas das outras pessoas pelas mesmas. O máximo que você pode fazer é apontar-lhes a direção certa, entregar-lhes ferramentas que as ajudem ou dar-lhes o medicamento de que necessitam. Você não pode, no entanto, fazê-las utilizar essas ferramentas ou tomar o medicamento. Conheça os limites da sua responsabilidade em relação aos outros.

  3. A menos que os valores de outra pessoa se encontrem ativamente ou diretamente a prejudicá-lo você não tem qualquer liberdade de lhe exigir que os ignore e substitua. Deixe isso e siga em frente.

Editado para acrescentar pois diversas pessoas questionaram: isto significa, essencialmente, “escolha as suas próprias batalhas”. Certamente, se as crenças de alguém prejudicarem outros, confronte-o. Mas se não o estiverem a prejudicar (apenas a deixá-lo desconfortável) e se mais ninguém estiver a ser prejudicado, deixe-o seguir.

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