Dinuka Liyanawatte/Reuters
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A Igreja Católica é o lar espiritual de 1100 milhões de pessoas por todo o mundo. É também uma entidade que lida com muitos milhões de dólares.

Apresentamos a forma como ganha e gasta o dinheiro.

1. O Banco do Vaticano tem 8 mil milhões de dólares em ativos

O Banco do Vaticano, que tem cerca de 8 mil milhões de dólares em ativos, tem estado muitas vezes no centro do escândalo e da corrupção desde que foi fundado em 1942. O Papa Bento XVI deu início a um processo de regularização do Banco e o Papa Francisco tem continuado esse trabalho.

As contas do Banco do Vaticano são apenas detidas, supostamente, por residentes da Cidade do Vaticano e pessoal da Igreja. No entanto, de acordo com Gerald Posner, estudioso do Banco do Vaticano e autor do livro “God’s Bankers” (Os Banqueiros de Deus), estas contas foram frequentemente atribuídas a poderosos funcionários italianos que procuravam esconder dinheiro e fugir a impostos. O Banco fechou mais de 4.000 contas com o objetivo de acabar com a corrupção e de momento tem um total de 33.400 contas.

2. O Vaticano obteve mais de 1,1 mil milhões de euros fora do seu balanço

O Vaticano é uma entidade separada do Banco do Vaticano e foi também alvo de regularização no ano passado.

Quando divulgou as suas declarações financeiras referentes a 2014, em julho, o Vaticano afirmou ter mais de 1,1 mil milhões de euros em ativos que não se encontravam anteriormente no seu balanço.

O Vaticano tem duas entidades principais: a Santa Sé, que governa a Igreja Católica; e o Estado da Cidade do Vaticano, que governa a Cidade do Vaticano.

A Santa Sé declarou um défice de 25,6 milhões de euros em 2014, apesar de ter recebido mais de 50 milhões de euros do Banco do Vaticano. A sua maior despesa do ano passado foi referente a gastos com os seus 2.880 colaboradores num total de 126,6 milhões de euros.

O Estado da Cidade do Vaticano é responsável por gerir os Museus do Vaticano e em 2014 teve um excedente de 63,5 milhões de euros – quase o dobro do que se verificou no ano anterior.

3. A Capela Sistina está para arrendar – ou quase

A Capela Sistina foi arrendada pela primeira vez, em outubro de 2014, ao fabricante de automóveis Porsche. Quarenta fãs da Porsche pagaram 5.900 dólares para assistir a uma gala sob o famoso teto pintado por Michelangelo como parte do projeto de Arte para a Caridade do Papa Francisco. Enquanto que ao visitante diário só é permitida uma rápida passagem pela capela, por receio de danificação dos frescos, os convidados da Porsche foram recebidos com um concerto coral e um jantar aquando da exposição.

Apesar de o dinheiro ter mudado de mãos o Vaticano alega que não se encontra a arrendar a capela. “A Capela Sistina não pode ser arrendada pois não se trata de um local comercial.” – Afirmou o porta-voz do Vaticano, monsenhor Paolo Nicolini. Em vez disso descreveu-a como “visível” para grupos privados. Mas não tente reservar a capela para o seu aniversário ou casamento em breve – os eventos estão limitados a acontecimentos relacionadas com arte.

4. Quanto custa chegar a santo?!

Não é barato canonizar um padre. A saber: A Our Lady of Victory National Shrine & Basilica (Santuário e Basílica de Nossa Senhora da Vitória) em Lackawanna, Nova Iorque, arrecadou mais de 250.000 dólares para canonizar o seu antigo padre – Padre Nelson Baker. Os fundos cobrem a publicação de materiais sobre Baker, cartões de oração, a comunicação entre a igreja e o Vaticano, despesas de viagem para visitas de e para Roma e os honorários de um advogado perito em canonização.

O custo da canonização pode variar bastante: depende da duração do processo e das necessárias provas específicas para mostrar que o candidato está qualificado para a santidade. A igreja solicitou a canonização de Baker pela primeira vez em 1987. O caso foi aprovado em 2011 mas a Our Lady of Victory ainda tem de provar que Baker fez milagres.

5. O turismo na Cidade do Vaticano triplicou com o Papa Francisco

O turismo quase triplicou desde que o Papa Francisco substituiu o Papa Bento XVI em março de 2013.

Mais de 12 milhões de visitantes afluíram ao Vaticano para eventos com o Papa Francisco – e estes números não incluem a afluência a eventos do Papa Francisco realizados fora do Vaticano, o que alcança outros 13 milhões de visitantes.

O Papa Bento XVI recebeu cerca de 20,5 milhões de visitantes durante o seu mandato entre 2005 e 2013.

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