Na semana em que a Playboy anuncia que não terá mais fotografias de mulheres nuas mostramos-lhe fotografias que simbolizam o impacto da revista na sociedade.
A notícia desta semana de que a Playboy deixará de conter fotografias de mulheres nuas marca o final de uma era para a revista que transformou dramaticamente a cultura norte-americana.
O primeiro número da revista foi publicado em 1953. Continha uma foto de Marilyn Monroe nua, e vendeu mais de 50.000 cópias. A Playboy continuou a oferecer aos leitores um vislumbre de um estilo de vida hedonista durante décadas, fazendo do fundador e editor Hugh Hefner uma espécie de herói.
Aqui Hefner é mostrado a chegar a Chicago em fevereiro de 1970 no seu jato preto Playboy.
Aqui temos uma fotografia de Hefner no quarto do seu jato de $5,5 milhões em fevereiro de 1970. O quarto situava-se na cauda do seu modelo DC-9-O jato tinha a alcunha de “hare jet” (jato lebre) e esta fotografia foi tirada apenas alguns dias depois de o mesmo ter sido revelado.
Aqui vemos Hefner a caminhar perto da asa do seu avião com a sua namorada, a modelo Barbi Benton, em fevereiro de 1970. Benton apareceu várias vezes na capa da Playboy e teve uma carreira como cantora e atriz.
Dick Butkus com várias coelhinhas da Playboy no Soldier Field, em Chicago. O célebre defesa dos Chicago Bears posa para a foto em setembro de 1973.
Em junho de 1975, várias coelhinhas da Playboy contestam contra as regras do clube, que afirmam interferir com as suas vidas sociais, e exigem mais independência. Elas exibem cartazes a apelar para a libertação das coelhinhas, e exigem mais independência.
Joe Torre, treinador dos New York Mets, aparece com duas coelhinhas da Playboy, que lhe limpam o batom das bochechas depois de o terem beijado. As duas coelhinhas aparecem no estádio Shea em julho de 1977 para pedir a Torre que treine a equipa delas para um jogo de basebol com fins caritativos.
Christie Hefner, a filha de Hugh Hefner, aparece à porta da discoteca da Playboy em Lansing, Michigan. A foto foi tirada em julho de 1983, quando a filha de 30 anos de Hefner era a presidente da Playboy Enterprises Inc.
Nos anos 70 a Playboy também era concorrente da revista Penthouse, e como resultado, começou a tornar-se ainda mais vulgar. Naquela década a revista passou pelo seu melhor período — foram vendidas 7 milhões de cópias todos os meses.
Até aos anos 80 a forma típica do corpo das modelos começou a mudar — do tipo de figura “ampulheta” dos anos 50 e 60 para um corpo mais fino.
Além de coxas mais finas, o final dos anos 80 foi marcado pelas modelos famosas, tais como Vanna White do programa “Wheel of Fortune”, que apareceu na revista em julho de 1986.
Nos anos 90 a Playboy passou a focar-se ainda mais nas modelos para torná-los numa marca reconhecida e de elite.
Enquanto a revista se tornava cada vez mais popular no mundo — do México até a Croácia — os anos 90 fixaram mais uma tendência relativa a todas as modelos da Playboy: cirurgia plástica.
Em 2001, Hefner fez 75 anos e comemorou quase 50 anos no negócio da Playboy. A marca, definitivamente, passou por uma grande história. No início dos anos 2000 ficou notável outra tendência: além de ter aperfeições cirúrgicas, todas as modelos de 2001 eram loiras, o que contrastava com os anos 60 em que a maioria das coelhinas no Playboy Club era morenas.
Até 2011 a circulação da revista caiu de 7 para 1,5 milhões cópias por mês — principalmente, por causa da internet. Hefner tornou a sua empresa privada “numa empresa de capital fechado em que a companhia foi avaliada em $207 milhões”, de acordo com o The New York Times.
O futuro da empresa não está claro. A Playboy disse ao The New York Times que desde março a revista não vai mais imprimir fotos de mulheres nuas e vai tentar atrair a atenção da geração do milénio para a marca. Ainda não sabemos como isto vai influenciar aquilo que serviu de foco principal para a Playboy por muito tempo — páginas coloridas, modelos e os seus tipos de figura em constante mudança.