A Oxford Economics lançou recentemente um relatório que considerou a relação “preço das casas/renda dos agregados familiares” à volta do globo. Conheça algumas das conclusões.
Confira os cinco mais caros mercados imobiliários do mundo. Apenas um não se encontra na Ásia.
5. Londres
O preço das casas em Londres é significativamente inacessível à maioria dos residentes após décadas de crescimento contínuo. Desde 2013 que o preço dos imóveis em Londres tem aumentado a uma taxa de dois dígitos ao ano. O preço médio das casas na cidade foi de 257.000 em 2006 para 474.000 em 2016, um aumento de 84%.
Os esforços do governo para resfriar o mercado imobiliário – através de impostos sobre propriedades de luxo e novos impostos sobre propriedades de investimento – não têm causado impacto. No entanto, uma pesquisa recente sugere que os preços das casas em Londres poderão estagnar ou começar caindo este ano.
4. Xangai
Um dos mercados mais quentes da China: o preço das casas em Xangai subiu 40% no ano passado (5% apenas em agosto) e tem sido difícil baixar esses valores. Assustados com um fraco mercado de ações a nível doméstico em 2015, muitos investidores se viraram para o setor imobiliário, o considerando como uma das poucas opções disponíveis para retornos favoráveis.
Contudo, os preços poderão vir a se encontrar sob pressão em breve com novos esforços para que se mantenham em baixo, ou pelo menos constantes. Em outubro, mais de 20 cidades chinesas, incluindo Xangai, introduziram novas medidas para resfriar o mercado imobiliário – implementando limites de compra e estreitando empréstimos para habitação.
3. Pequim
Se trata do mercado imobiliário mais caro na China continental com a casa média em Pequim custando agora 5.820 dólares o metro quadrado, de acordo com a Municipal Commission of Housing and Urban-Rural Development. Em setembro, o preço médio das casas em Pequim subiu perto de 30% (ao ano). Por comparação, os preços nas principais cidades chinesas subiram cerca de 11%. As medidas introduzidas em outubro poderão restringir a subida dos preços – contudo, também há risco em permitir que os preços caiam precipitadamente. Os investidores esperam retorno de dois dígitos e grande parte da riqueza doméstica está ligada ao setor imobiliário.
2. Bombaim
Localizada numa península estreita, Bombaim é agora casa de alguns dos mais caros imóveis do mundo. Como observa o Quartz, o rácio preço das casas/renda mensal em Bombaim “é o mais elevado entre as principais cidades indianas.” À medida que o país acumula riqueza, as construtoras têm tido dificuldade em encontrar locais para construir – em cidades lotadas onde milhões ainda vivem em densas favelas.
O mercado imobiliário sofreu pressão em novembro quando o primeiro-ministro da Índia, Narendra Modi, retirou as notas de 500 e 1.000 rupias de circulação numa tentativa de erradicar a corrupção, a falsificação e a fraude fiscal. Grande parte das transações imobiliárias na Índia são realizadas em dinheiro para se evitarem impostos. A PropEquity, fornecedora de dados, estima que os preços das casas em Bombaim venham a cair na ordem de 30% este ano.
1. Hong Kong
Hong Kong surge como o mais caro mercado imobiliário do mundo pelo sétimo ano consecutivo. O preço médio das casas correspondeu no ano passado a 18,1 vezes a renda anual média, antes dos impostos, de acordo com um relatório recente da Demographia. Embora represente uma ligeira melhoria face ao ano anterior, Hong Kong ainda surge como “severamente inacessível”.
Os preços de habitação na cidade dispararam nos últimos anos, impulsionados por baixas taxas de juro e por compradores chineses do continente. A falta de habitação a preços acessíveis se tem tornado uma questão social de topo com a multidão com menor capacidade financeira vivendo em “casas gaiola” e em outras situações semelhantes.