Consegue se imaginar passando a aposentadoria em um local de que nunca ouviu falar?
A Live and Invest Overseas cria todos os anos uma lista com os melhores destinos para aposentados. Curiosamente, na sua mais recente seleção o Algarve, em Portugal, ficou em primeiro lugar.
Conheça os restantes nove destinos que compõem o top 10, se seguindo uma explicação de como a lista foi criada. Irá notar que quatro dos destinos se encontram na Europa, três na América do Norte e Caraíbas (dois dos quais no México), dois na América Central (ambos no Belize) e um na Ásia.
1. Algarve, Portugal
2. La Valletta, Malta
3. Puerto Vallarta, México
4. Cayo, Belize
5. Ljubljana, Eslovênia
6. Kota Kinabalu, Malásia
7. Playa del Cármen, México
8. Creta, Grécia
9. Las Terras, República Dominicana
10. Ambergris Caye, Belize
A forma como Kathleen Peddicord e a sua equipe da Live and Invest Overseas criam o seu ranking anual é parte objetiva, parte subjetiva. Reúnem dados locais que se enquadram em 12 categorias (do clima a impostos, de cuidados de saúde a custo de vida, entre outros), ponderadas de forma igual, e obtêm opiniões de correspondentes “no terreno”. A lista deste ano tem 21 destinos “vencedores” no total.
“Algarve e La Valletta têm de tudo um pouco.” – Afirma Lief Simon, um dos editores da Live and Invest Overseas.
A razão pela qual o Algarve e La Valletta se encontram no topo
Peddicord afirma que o Algarve “tem tudo o que um aposentado pode desejar – um bom clima, uma comunidade de expatriados bem estabelecida e acolhedora, cuidados de saúde de topo, custo de vida extremamente acessível (um casal de aposentados poderá viver de forma confortável por 1.400 dólares por mês), propriedades subvalorizadas para venda (nomeadamente de frente para o mar), grande domínio do Inglês por parte dos locais, infraestruturas modernas e acesso fácil de e para os EUA e de e para toda a Europa.”
La Valletta, a capital de Malta, é – de acordo com a Live and Invest Overseas – a “quinta essência da Europa Mediterrânica – do seu clima e gastronomia à sua história e cultura.”
Por vezes, há lugares que surgem na lista da Live and Invest Overseas em um dado ano pois se tornaram mais acessíveis. Essa é uma das razões pelas quais quatro locais europeus – e dois no México – surgem no top 10 de 2016.
“O dólar mais forte está ajudando de uma perspetiva orçamental. Ajudou a trazer a Europa de volta à lista.” – Afirmou Simon.
De fato, de acordo com Simon, a atual taxa de câmbio é tão favorável para os americanos que estes poderão querer “comprar uma casa para a aposentadoria na Europa agora.”
Porque saíram alguns lugares da lista
Por vezes, alguns locais populares para expatriados não se mantêm de um ano para o outro pois se tornam mais caros. É o caso de Cuenca, no Equador, que não entrou na lista de 2016, por exemplo.
E, por vezes, alterações na metodologia impulsionam ou reduzem o potencial de locais à volta do mundo.
Contudo, a lista apresentada é amplamente distinta da publicada em janeiro de 2016, onde Medellín (Colômbia), Pau (França), Abruzzo (Itália), George Town (Malásia) e Chiang Mai (Tailândia) faziam parte do Top 10 – com La Valletta, Ljubljana, Kota Kinabalu, Playa del Cármen, Creta e Ambergris Caye de fora.
A explicação de Peddicord: a lista de janeiro correspondeu às suas escolhas pessoais. A nova lista, por sua vez, é baseada em dados recolhidos e nos seus correspondentes. “Esta lista é muito mais intensiva em termos de dados. Investimos meses de pesquisa e temos dezenas de editores e investigadores envolvidos.”
Uma coisa a ter em mente, de acordo com Simon: “Não há um lugar que seja totalmente perfeito.” Mesmo alguns dos locais no topo este ano tiveram notas baixas em certas categorias. La Valletta, por exemplo, tem fraca qualidade do ar, as duas comunidades no Belize obtiveram D para cuidados de saúde e Kota Kinabalu obteve D+ para infraestruturas.
E, claro, os fatores que motivam umas pessoas não são os que motivam outras. De qualquer das formas, fica com uma ideia da tendência geral.