Benjamin Grant tem vindo a explorar o impacto do ser humano no desenvolvimento do planeta ao combinar e editar fotografias de satélite de diversos cantos do mundo
A primeira foto aérea de Benjamin Grant foi, no fundo, um acidente. “Tinha começado um grupo de discussão sobre o espaço no escritório”, disse o antigo consultor de marketing, “e tínhamos sessões semanais sobre Marte e tudo o resto. Em uma delas quis falar de satélites – como funcionam e onde estão”. Nessa altura procurou uma imagem da Terra no Google. Os resultados foram limitados: fotografias espaciais (horizonte curvo) de partes do Planeta Azul.
Desde dezembro de 2013, Grant tem vindo a explorar o impacto do ser humano no desenvolvimento do planeta ao manipular, combinar e editar fotografias de satélite dos cantos mais remotos. Viu tudo, desde a Baía de Guantanamo às minas de diamantes do Botswana ou às salinas de São Francisco. Até agora, essas imagens estavam disponíveis na popular conta de Instagram de Grant – @dailyoverview. Entretanto, mais de 200 dessas imagens foram compiladas em um fabuloso livro de capa dura que mostra o mundo de uma forma nunca antes vista. O livro encontra-se disponível desde 25 de outubro.
“Cada fotografia aérea resulta de, no máximo, 25 imagens de satélite diferentes” conta Grant, que transforma os dados crus da DigitalGlobe em arte abstrata através de um cuidadoso processo de recorte, correção de cor e alinhamento de perspetiva. O produto final, “tem o poder de atrair o observador e de o levar a colocar perguntas” de modo “a ver locais conhecidos sob uma lente radicalmente diferente” e a “apreciar a terra e o que fizemos até agora”.
Seguem-se 10 dos locais mais conhecidos sobre os quais trabalhou – juntamente com pistas e dicas caso se sinta tentado a viajar. Será que consegue reconhecer estas cidades sob a perspetiva única de Grant?
Última hora: O receio de que a cidade desapareça com a subida do nível da água – ou seja, para sempre inundada de turistas – faz parte do dia a dia dos habitantes.
Última hora: Perto deste local, o ambicioso e chique Hexagone serve cardápios de degustação de cinco pratos que valem bem a reserva com semanas de antecedência, enquanto que o Clown Bar – do outro lado da cidade – é o local do momento e antiga parada obrigatória para palhaços de circo (e onde não se aceitam reservas).
Última hora: A ilha acaba de inaugurar um bairro novo, inteiramente construído pelo magnata argentino Alan Faena. O novo hotel deu que falar no início do ano e todos os olhos estão agora postos no ambicioso centro cultural e no mercado de inspiração souk a abrir este outono.
Última hora: Parques de diversões são a nova e despretensiosa alternativa nesta cidade cada vez mais cara – o maior parque temático coberto do mundo abriu em setembro, depois da construção ter custado mais de bilhão.
Última hora: O maior mercado noturno da cidade desapareceu em junho deste ano, depois de perder direitos de concessão. Com ele desapareceram dúzias de vendedores ambulantes de espetadas de escorpião.
Última hora: Uma nova Galeria Nacional abriu mesmo a tempo do 50º aniversário deste destino, nos antigos edifícios do Supremo Tribunal e da Câmara Municipal. É o primeiro museu de arte do sudeste asiático do mundo.
Última hora: Na negligenciada parte norte da cidade, construiu-se um arranha-céu que inclui tudo desde um skybar, a um estúdio de som para os mais novos e um boutique hotel.
Última hora: Graças ao projeto de partilha de bicicletas nas estações de metrô, iniciado há menos de meio ano, esta cidade apresenta finalmente uma alternativa ao trânsito sufocante.
Última hora: O lado esquerdo da foto é o limite norte de uma zona que voltou a estar na moda –onde chefes como Joël Robuchon e Alex Stupak estão abrindo restaurantes e a Baccarat estreou o seu primeiro hotel.
Última hora: Tudo vibra na antes decrépita Chippendale, agora com excelentes restaurantes, galerias criativas e um novo e moderníssimo hotel, capaz de destronar qualquer outro moderníssimo hotel na cidade.
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