Os reguladores federais dos Estados Unidos da América deram luz verde à Amazon para começar testes com drones, mas provavelmente levará anos antes de o vendedor online poder começar a entregar pacotes pelo do ar nas casas das pessoas.
A Administração Federal de Aviação deu permissão na quinta-feira à Amazon para realizar voos de teste dos seus drones ao ar livre, desde que a empresa obedeça a uma série de regras como voar abaixo dos 400 pés, e somente durante o dia.
Como exemplo do quão longe a Amazon ainda tem de caminhar antes da sua visão do serviço de entregas com drones ser realizado, os drones da empresa por agora ainda terão de ser operados por um piloto com um certificado para pilotar uma aeronave privada. A Amazon visionou que o seu serviço de entregas com drones, que se chama Amazon Prime Air, seria autónomo, composto por frotas de helicópteros em miniatura a sobrevoar muito mais além dos armazéns da Amazon.
Enquanto a A.F.A. anunciou planos para permitir usos mais comerciais de drones pilotados nos céus americanos, esta não disse quando vai permitir o uso de drones autónomos por empresas como a Amazon. A principal preocupação da instituição é garantir que os drones, que todos desde agricultores a cineastas têm mostrado interesse em usar para fins comerciais, podem ser operados com segurança.
Ainda assim, receber a permissão para testar drones ao ar livre com um piloto conta como progresso para a Amazon, que tem estado a pressionar a AFA para o aprovar há meses. A empresa tem sido forçada a testar os drones dentro de casa, perto da sua sede em Seattle. Iniciou também testes ao ar livre fora dos Estados Unidos, e alertou os reguladores federais que os empregos e o investimento vão deixar o país se não aliviar as suas restrições atuais.
Agora a Amazon poderá testar os drones nos céus sobre propriedade privada, que já divulgou anteriormente como sendo um espaço rural do estado de Washington.
O tipo de aprovação da AFA que foi concedida à Amazon não foi a primeira escolha da empresa. O chamado certificado de aeronavegação experimental, é normalmente concedido a empresas aeroespaciais como a Boeing e outros, que estão a conduzir pesquisas e a trabalhar no desenvolvimento de novas tecnologias de drones.
Numa carta à AFA, em Dezembro passado, Paul Misener, o vice-presidente de política pública global na Amazon, disse que a empresa tinha solicitado o certificado experimental, por sugestão da AFA, mas queixou-se das restrições que o impedem de experimentar rapidamente.
A Amazon também solicitou um tipo diferente de aprovação da AFA que lhe daria mais flexibilidade nos seus testes de drones, disse. A AFA também concedeu aprovações semelhantes aos estúdios de cinema de Hollywood e de outros grupos que querem usar drones no seu trabalho.