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A gigante de rede de cabo americana Comcast está prestes a tornar-se a grande rival da Apple na luta por um serviço integrado de internet e televisão nos EUA. Quem sairá vencedor?

Têm corrido rumores sobre o novo pormenor mais significativo dos planos da Apple para um serviço de internet e televisão. Não sobre o preço, não sobre quais os canais que vai incluir, nem mesmo como o serviço irá funcionar.

"A Apple chegou a acreditar que a gigante de rede de cabo Comcast também estava a fazer o mesmo, enquanto se concentrava no desenvolvimento do seu próprio descodificador X1 de acesso via Web."

Esse pormenor lançado pelo Wall Street Journal) sugeria uma crescente fratura entre a maior empresa de rede de cabo dos E.U.A. e a maior empresa dos E.U.A. de todas. O jornal chamou-lhe de “desentendimento”. (Ambas as empresas se recusaram comentar sobre o assunto à Quarzt).

Há já alguns anos que a Comcast tem vindo a desenvolver a sua caixa de cabo, acrescentando funcionalidades tais como navegação intuitiva, capacidade de armazenamento DVR na nuvem, e uma biblioteca em constante expansão de conteúdo on-demand. As melhorias pareceram ser dirigidas a não ceder terreno apenas aos seus rivais da internet como a Netflix e, brevemente, a Apple.

É claro que a Comcast também está a aguardar a aprovação da Comissão Federal de Comunicações dos E.U.A (US Federal Communications Commission [FCC]) da sua proposta de aquisição da segunda maior empresa de rede de cabo do país, a Time Warner Cable. Não há certezas se este relatório tem alguma coisa a ver com esse processo.

O analista da BTIG Walt Piecyk à Quartz diz:

“É interessante ver que este assunto tem vindo a merecer uma atenção cada vez maior numa altura em que a Comcast se encontra sempre de roda da FCC e a seguir os seus passos na sua atuação de neutralidade da internet”.

Um outro analista da BTIG, Rich Greenfield, colocou a hipótese de, se o negócio da Time Warner Cable for à falência, a Comcast pode sempre apostar na Netflix.

Seja como for, as pessoas estão a ficar cada vez mais entusiasmadas com o que poderá a Apple estar a fazer ao serviço televisivo pela internet. Afinal, este parece um produto mais lógico e natural para expandir a empresa do que relógios e automóveis.

Piecyk afirma:

“Já estamos acostumados a esta grande experiência nos telemóveis, nos tablets, mas na televisão é uma experiência completamente diferente e inferior”. “A oportunidade para a Apple entrar nesse universo e criar uma experiência melhor e, potencialmente, uma conta mais baixa, parece-me algo bastante atraente.”

Para os consumidores, sem dúvida. Mas para outras empresas de distribuição de vídeo como a Comcast? Talvez não tanto.

Ainda é muito cedo para começar a descrever a Apple e a Comcast como inimigas. Mas num terreno da média e tecnologia rapidamente convergente, estas duas gigantes estão invariavelmente destinadas a colidir. Por isso, vale a pena ter qualquer sinal de tensão por parte das duas debaixo de olho. Não faz parte do trabalho da Federação preocupar-se com o índice de preços milionários. Isso seria… pouco natural se fosse.

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