A Coreia do Norte é mais perigosa do que aparenta
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Peritos nucleares chineses acreditam que a Coreia do Norte poderá ser uma ameaça nuclear muito mais elevada e imediata do que se julga, estimando um número de ogivas nucleares muito acima do estimado por peritos norte-americanos.

De acordo com o Wall Street Journal, peritos chineses de enriquecimento de urânio estimam que Pyongyang possui 20 ogivas nucleares e urânio suficiente para duplicar o seu arsenal no espaço de um ano. As afirmações, feitas durante um encontro com especialistas norte-americanos, então bem acima das estimativas dos EUA, que se posicionam entre as 10 e 16 bombas nucleares.

Sanções, condenação internacional, e negociações não tiveram grande resultado em travar as ambições nucleares daquele país. Pyongyang continua a ameaçar bombardear Nova Iorque e a transformar Seul num lago de fogo. E as relações entre a Coreia do Norte e os seus velhos amigos de Pequim estão também a deteriorar.

Os observadores da Coreia do Norte têm vindo a argumentar cada vez com mais veemência que poderá ser demasiado tarde para parar o programa de armamento nuclear norte-coreano, o que tem também servido de argumento para os críticos de um possível acordo com o Irão. Alguns peritos dizem que os esforços internacionais se deveriam focar menos em tentar impedir o enriquecimento de urânio, e mais em tentar convencer Pyongyang a normalizar as relações com os seus vizinhos e a não exportar a sua tecnologia nuclear.

Estudos recentes sugerem que Pyongyang tem vindo a construir os seus próprios centrífugos desde 2009, e que possui pelo menos uma fábrica de enriquecimento de urânio. Fontes oficiais do departamento de defesa dos EUA afirmaram este mês que a Coreia do Norte poderá já ser capaz de montar uma ogiva nuclear num míssil balístico intercontinental, o KN-08, que alguns peritos julgam ter um alcance de 5600 milhas, o suficiente para atingir a costa oeste dos Estados Unidos. Os responsáveis americanos acreditam que o míssil ainda não tenha sido testado.

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