Vamos ser super inteligentes em 2030
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Ray Kurzweil, diretor de engenharia da Google, prevê que os cérebros humanos se conectem diretamente à cloud em 2030 e que o nosso pensamento será um híbrido de biológico e não biológico. Quais serão os fundamentos do futurologista?

No futuro, os seres humanos vão ser artificialmente inteligentes. Essa é a previsão de Ray Kurzweil, diretor de engenharia da Google, que falou na quarta-feira na conferência Finanças Exponenciais em Nova Iorque.

Kurzweil prevê que os seres humanos se tornarão híbridos em 2030. Isso significa que os nossos cérebros serão capazes de se conectar diretamente à cloud, onde haverá milhares de computadores, e esses computadores vão aumentar a nossa inteligência existente. Ele disse que o cérebro vai se conectar via nanobots – robots minúsculos feitos de cadeias de ADN.

"O nosso pensamento, então, será um híbrido do pensamento biológico e não-biológico", disse ele.

Quanto maior e mais complexa a cloud, mais avançado será o nosso pensamento. Quando chegarmos ao final de 2030 ou início dos anos 2040, Kurzweil acredita que o nosso pensamento será predominantemente não-biológico.

Também seremos capazes de fazer um backup total dos nossos cérebros.

"Vamos fazer a transição e melhorar-nos gradualmente", disse ele. "Na minha opinião, essa é a natureza do ser humano – transcender as nossas limitações."

Kurzweil, que é conhecido como um dos principais inventores do mundo, já previu antes como será o futuro. Nos anos 90, ele fez 147 previsões para 2009. Em 2010, reviu as suas previsões, 86% das quais estavam corretas. Deu a si mesmo uma nota "B".

As suas previsões corretas incluiam que as pessoas usariam principalmente computadores portáteis, em 2009, que os cabos desapareceriam e que os monitores de computador seriam embutidos em óculos.

Ele admitiu no palco, na quarta-feira, que pensou que teríamos carros autónomos até 2009.

"Isso não está completamente errado", disse ele. "Se eu tivesse dito 2015, acho que teria sido correto, mas ainda não estão em uso comum. Por isso, mesmo [as previsões] que estavam erradas estavam direcionalmente corretas."

Para aqueles preocupados com a inteligência artificial a tomar conta do mundo, Kurzweil disse que temos um imperativo moral para continuar a desenvolver a tecnologia, enquanto controlamos potenciais perigos.

"Como escrevo desde há 20 anos atrás, a tecnologia é uma faca de dois gumes", disse ele. "o fogo que nos manteve quentes e preparou a nossa comida, também queimou as nossas casas. Toda a tecnologia tem tido a sua promessa e o seu perigo."

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