7 Tecnologias que vão revolucionar as nossas vidas

Há 7 tecnologias que ainda estão a dar os primeiros passos, mas que a curto prazo terão um impacto monumental na nossa sociedade. Descubra quais são.

Como é que vamos viver no futuro? Como é que as tecnologias emergentes vão mudar as nossas vidas, a nossa economia e as nossas empresas? Devemos começar a pensar no futuro agora mesmo, pois vamos chegar a ele mais depressa do que aquilo que se pensa.

Vamos explorar sete tecnologias emergentes atuais que provavelmente irão mudar o mundo para sempre.

Em 2025 vamos ver o surgimento da reversão real da idade biológica.

Pode até ser excecionalmente cara, complexa e arriscada, mas para pessoas que queriam fazer o relógio recuar, pode até valer a pena. Pode soar a ficção científica, no entanto, a ciência é real, e já começou a ser desenvolvida. Aliás, de acordo com uma nova investigação publicada na Nature’s Scientific Reports, o Professor Jun-Ichi Hayashi da Universidade de Tsukuba no Japão já começou a reverter a idade em linhas de células humanas através do “ligamento e do desligamento” da função mitocondrial.

Outro estudo publicado na CELL relatou que investigadores australianos e norte-americanos conseguiram reverter o processo de envelhecimento nos músculos de ratinhos. Descobriram que ao aumentar a molécula NAD+ nuclear em ratinhos velhos reverte a pseudo-hipóxia e a disfunção metabólica. Os investigadores deram aos ratinhos um composto chamado nicotinamida-adenina-dinucleótido ou NAD durante uma semana e descobriram que os indicadores de idade nos ratinhos de dois anos eram restaurados à fase de ratinhos com seis meses de idade. É quase como se pegássemos num ser humano com 60 anos e o puséssemos de novo com 20!

Como é que a nossa cultura vai lidar com a reversão da idade? Vamos limitar quem pode reverter a idade? Banimos os criminosos desta tecnologia? Vão ser estas as questões que vamos ter de enfrentar num futuro muito complexo. Uma coisa é certa, a reversão da idade vai acontecer e quando isso acontecer, vai mudar a nossa espécie e o nosso mundo para sempre.

Os robôs estão a chegar e vão comer o seu posto de trabalho ao almoço. Prevê-se que a transportação de robôs industriais de multipropósitos a nível mundial vão exceder as 207.000 unidades em 2015, e isto é só o princípio. Robôs como o Care-o-bot 4 e o Pepper da Softbanks podem chegar às casas, escritórios e hotéis já no próximo ano. Estes robôs vão ser os nossos empregados domésticos, os nossos assistentes e seguranças.

A Amazon introduziu um novo assistente de IA chamado ECHO que pode acabar com a necessidade de um assistente humano. Já temos robôs e automatizações que podem fazer pizas, escrever artigos de notícias, rastrear as nossas caras para analisar se estamos doentes e conduzir carros. Em 2020 vamos ver IA nas nossas fábricas, hospitais, restaurantes e hotéis por todo o mundo.

Estamos a entrar na era da agricultura tecnológica. A ciência agrícola está a mudar a forma como colhemos os nossos alimentos. Os robôs e a automatização vão ter um papel decisivo na forma como caçamos e colhemos. A ideia mais importante e perturbadora é aquilo a que chamo de “Quintas Cor-de-rosa verticais”, que está destinada a descentralizar a indústria alimentar para sempre.

As Nações Unidas (NU) preveem que em 2050 80% da população do planeta Terra vai viver em cidades. As alterações climáticas também vão fazer com que a produção de alimentos pelo método tradicional seja mais difícil e menos produtiva no futuro. Vamos precisar de sistemas mais eficientes para alimentar estas áreas urbanas esfomeadas. Felizmente, várias empresas em todo o mundo já estão a produzir alimentos cultivados nestas Quintas Cor-de-rosa verticais e os resultados são impressionantes.

As Quintas Cor-de-rosa verticais vão utilizar luzes LED azuis e vermelhas para cultivar alimentos orgânicos, livres de pesticidas e num clima controlado em ambientes fechados. Estas quintas utilizam menos água, menos energia e permitem às pessoas cultivar produtos hortícolas dentro de casa durante todo o ano e em qualquer tipo de clima.

Os alimentos cultivados de forma tradicional, em quintas ao ar livre estão expostos a todo o espectro solar visível. Aqui incluiu-se as faixas vermelha, laranja, amarela, verde, azul e violeta. Contudo, a ciência agrícola está atualmente a mostrar que as faixas laranjas, amarelas, verdes e violetas não são necessárias para o crescimento das plantas. Só é preciso as vermelhas e as azuis.

As luzes LED são muito mais eficientes e frias do que as luzes de crescimento florescentes interiores que são utilizadas na maioria das estufas. Além disso, as luzes LED também estão a ficar cada vez mais baratas à medida que mais empresas começam a investir nesta tecnologia. Tal como a revolução da energia solar e dos automóveis elétricos, a mudança vai ser exponencial. Em 2025 somos capazes de nos deparar com uma quantidade massiva de Quintas Cor-de-rosa verticais na maioria das principais cidades do mundo. Quem sabe, até cheguemos a ver pequenas unidades Quintas Cor-de-rosa verticais nas nossas casas no futuro.

Em 2035, mesmo que uma grande maioria dos seres humanos não se identifique como sendo um transhumano, tecnicamente é o que vai ser. Se definirmos que cada atualização a nível biológico que se faça ou melhoria de qualquer particularidade humana é transhumanismo, então os números já são bastante altos e estão a crescer exponencialmente.

Segundo um relatório da Agência das Telecomunicações das NU, cerca de 6 mil milhões de pessoas têm telemóveis. Este número mostra a natureza omnipresente da tecnologia que mantemos no nosso corpo ou em torno dele.

À medida que as melhorias biológicas das características humanas se vão tornando mais acessíveis, mil milhões de pessoas vão tornar-se transhumanos. Implantes digitais, melhorias exoesqueléticas controladas pela mente, comprimidos para reversão da idade, implantes cerebrais de híper-inteligência e melhorias biónicas dos músculos. Todas estas tecnologias vão continuar a nossa evolução como seres humanos.

Substituições de articulações reconstrutivas, implantes espinhais, implantes cardiovasculares, implantes dentários, lentes intraoculares e implantes mamários fazem todos parte da nossa evolução tecnológica de seres humanos para esta nova espécie transhumana.

Os smartphones vão desaparecer da história digital à medida que as lentes de contacto inteligentes de alta resolução e correspondentes auscultadores comunicam com os nossos computadores usáveis ou “fatos inteligentes”. O mundo digital vai ser apresentado diretamente no nosso olho com uma incrível beleza interativa e aumentada. O Centro de Tecnologia de Microssistemas da Universidade de Ghent na Bélgica desenvolveu recentemente um display LCD esférico que pode ser incorporado nas lentes de contacto. Esta característica permite que toda a lente apresente informação.

A ponte para as lentes de contacto inteligentes começa nos óculos inteligentes, nos capacetes de realidade virtual, e sim, no Apple Watch. As tecnologias usáveis estão a crescer exponencialmente. Os novos óculos inteligentes de realidade aumentada como os Google Glass, os RECON JET, os METAPro e os Vuzix M100 Smart Glasses são apenas o começo. De facto, os óculos de realidade 3D aumentada da CastAR receberam recentemente mais de um milhão de dólares em financiamento no Kickstarter. O seu objetivo era apenas quatrocentos mil. O mercado está pronto para a visão inteligente e as empresas de tecnologia devem afastar-se dos dispositivos portáteis se quiserem competir.

Saber o que é real ou aumentado vai ser irrelevante no futuro. Vamos ser capazes de criar a nossa própria realidade com cultos de aglomerados de informação, em que certos factos de informação aumentada só poderão ser vistos se fizer parte desses grupos. Toda a informação vai estar disponível instantaneamente no futuro visual aumentado.

O estado da Califórnia e várias partes do sudoeste dos Estados Unidos da América estão neste momento a passar uma seca sem precedentes. Se esta seca continuar, o sistema agrícola global pode ficar instável. Agora considere isto: a Califórnia e o Arizona são responsáveis por cerca de 98% da produção comercial de alfaces nos Estados Unidos da América. Felizmente, vivemos num mundo repleto de inovações exponenciais. Uma tecnologia emergente chamada Extração de Água Atmosférica poderia salvar a Califórnia e outras áreas áridas do mundo da seca extrema e possivelmente mudar para sempre o cenário agrícola tecnológico.

Os métodos de cultivo tradicionais consomem 80% da água na Califórnia. De acordo com o California Agricultural Resource Directory (Repertório de Recursos Agrícolas da Califórnia) de 2009, a Califórnia produz 99% das amêndoas, alcachofras e nozes dos EUA; 97% dos kiwis, alperces e ameixas; 96% dos figos, oliveiras e nectarinas; 95% do aipo e do alho; 88% dos morangos e dos limões; 74% dos pêssegos; 69% das cenouras; 62% das tangerinas e a lista nunca mais acaba.

Várias empresas de todo o mundo já estão a utilizar as tecnologias de extração de água atmosférica para resolver este problema. Cada empresa tem uma abordagem tecnológica diferente mas a combinação de todas poderia ajudar a aliviar áreas afetadas por falta de água.

A forma mais básica, e possivelmente mais acessível, da tecnologia de extração de água atmosférica funciona a partir da recolha de água e humidade da atmosfera utilizando uma microrede. Estas microredes recolhem a água que escorre para uma câmara de recolha. Depois, esta água fresca pode ser armazenada ou canalizada para casas e quintas sempre que necessário.

Uma empresa chamada FogQuest já está a conseguir utilizar as microredes ou “coletores de nevoeiros” para recolher a água atmosférica em locais como a Etiópia, a Guatemala, o Nepal, o Chile e Marrocos.

Será que as pessoas vão utilizar esta tecnologia ou vão continuar a escavar à procura da água que pode não existir?

Hoje em dia já temos impressoras 3D que imprimem roupa, circuitos impressos, mobília, casas e chocolate. Uma empresa chamada BigRep criou uma impressora chamada BigRep ONE.2 que permite aos designers criarem mesas, cadeiras e mesas de café numa só impressão. Percebeu bem o que eu disse? Já pode comprar uma impressora 3D e imprimir mobília!

Vários designers de moda como Iris van Herper, Bryan Oknyansky, Francis Bitoni, Madeline Gannon e Daniel Widrig já trilharam caminhos importantes no movimento da moda em impressão 3D. Estes designs vanguardistas poderão não ser tão funcionais para o consumidor comum, assim sendo, o que é que se pode fazer com uma t-shirt vulgar? Felizmente, chegou uma nova impressora 3D de Fabricação de Orientação no Terreno chamada ELECTROLOOM, que pode imprimir e até levar as principais cadeias de venda a retalho à falência. A ELECTROLOOM permite criar produtos de tecido perfeitos mediante pedido.

Então, o que se segue? Carros impressos em 3D. Sim, carros. A Divergent Microfactories (DM) criou recentemente o primeiro carro de alto desempenho impresso em 3D chamado Blade. Este carro não é nenhuma piada. O Blade tem um chassi que pesa apenas 28kg, vai dos 0 aos 97 Km/h em 2,2 segundos e é movido por um motor de biocombustível de 4 cilindros, 700 cavalos e de combustão interna.

Estas são apenas sete tecnologias emergentes de que me lembrei. Tenho uma lista com centenas de inovações que vão mudar para sempre o mundo tal como o conhecemos. Algumas delas soam a pura ficção científica, mas posso garantir-lhes que são bem reais. Estaremos prontos para um mundo repleto de abundância, reversão de idade e robôs de IA autorreplicantes? Espero que sim.