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Kaz Vorpal, antigo colaborador da NASA, revela uma realidade surpreendente sobre o modo de funcionamento da agência espacial.

Trabalhei na NASA como responsável pela renovação do site do Telescópio Espacial Hubble. Nessa altura a NASA usava muito o Photoshop e as ferramentas gráficas para manipular as imagens do espaço.

Tal não envolvia apenas “limpar” a imagem, ou juntar partes, ou adicionar marcas para mostrar onde algo se situava. Também incluía alterar o aspeto fundamental das imagens, tornando-as mais belas e atrativas.

A verdade é que algumas das imagens mais belas que a NASA usa como seus símbolos, para atrair a atenção, são na verdade bastante falsas. A famosa fotografia da Nébula Águia, por exemplo, era originalmente a preto e branco, a colorização foi adicionada de forma inteiramente artificial.

A beleza da imagem deve-se às cores adicionadas por humanos através de Photoshop ou alguma outra ferramenta. A imagem real não se parece nada com isto.

Por isso a beleza da imagem que conseguiu tantos prémios é apenas uma manobra de relações públicas.

Isto é consistente com o que eu aprendi acerca da NASA em geral. O único foco de todas as partes da organização em que eu estive envolvido era lucrar através de mais financiamento, utilizando para isso todos os meios necessários, incluindo truques de relações públicas.

Gastaram uma pequena fortuna numa ferramenta para “medir a camada do ozono” que não acrescenta nenhuma informação útil. Quando eu perguntei porquê foi-me dito que ter um astronauta a apontar um instrumento através de uma janela de um vaivém espacial em direção à Terra, apesar de ser na verdade inútil, daria uma grande foto e estimularia um aumento do financiamento.

Havia uma forte obsessão por garantir que nada era feito demasiado rápido ou de modo demasiado eficiente, para garantir que os orçamentos eram todos exaustos, preferencialmente insuficientes, mesmo que os projetos tivessem sido feitos de forma que desse para poupar dinheiro.

A 28 de setembro, a própria Adobe relatou no seu blog oficial como os engenheiros da NASA usam o Photoshop para transformar os dados “crus” recebidos com telescópios, estações espaciais e sondas de Marte, em fotos espetaculares.

Etapas de transformação da foto infravermelha da nebulosa de Órion

A agência espacial, de facto, usa editores gráficos para interpretar determinadas imagens enviadas para a Terra dos telescópios e sondas de Marte, que são às vezes demasiado abstratas.

Etapas de transformação da foto infravermelha da nebulosa de Órion

Segundo os representantes da NASA, a integridade científica de uma imagem é de primeira importância: os cientistas não alteram as fotos, mas apenas compensam as falhas das câmaras relacionadas com as condições nas quais as mesmas funcionam. O engenheiro Robert Hurt disse:

“Nós tiramos deturpações das fotos porque não queremos que as pessoas pensem que há um planeta estranho que na verdade não existe… Para saber diferenciar as falhas digitais de um objeto astrofísico é preciso ser especialista”.

Imagem da galáxia do Sombreiro (à direita) feita das duas fotos combinadas dos telescópios “Spitzer” (à esquerda) e “Hubble” (no centro).

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