Tudo o que sabemos sobre o iPhone 7

A Apple lançou o iPhone 6S há apenas dois meses, mas já há uma série de rumores acerca do seu sucessor – alguns mais verosímeis do que outros.

Neste momento a Apple ainda nem sequer anunciou o iPhone 7, por isso é difícil ter a certeza de alguma coisa. Mas informamo-lo dos rumores que circulam na internet, e do que é que podemos razoavelmente esperar.

É muito provável que o próximo iPhone da Apple seja revelado num evento em setembro de 2016 e estará à venda ao público no mês seguinte. É uma fórmula que a Apple tem seguido rigidamente ao longo de vários anos.

Com o iPhone 6 a Apple introduziu dois tamanhos diferentes pela primeira vez – o 6 e o 6 Plus, agora seguidos do 6S e do 6S Plus.

Isso permite à empresa baseada em Cupertino, Califórnia, atrair pessoas em busca de um phablet de grande ecrã sem alienar os clientes que querem algo um pouco mais pequeno. A estratégia tem sido um sucesso tremendo: o iPhone 6 garantiu à Apple o trimestre mais lucrativo que alguma vez uma empresa conseguiu, e a Apple afirma que o 6S vendeu ainda melhor do que o seu predecessor durante o primeiro fim de semana após lançamento.

Outro facto previsível: todos os anos a Apple atualiza o seu sistema operativo móvel pouco antes de lançar o seu mais recente iPhone, Esse torna-se então o primeiro aparelho a ser vendido com a nova versão do iOS já instalada. Em 2015 foi lançado o iOS 9, significando que o iOS 10 deverá ser lançado em 2016.

O iPhone funciona com uma estratégia de lançamento previsível. Num ano o smartphone obtém um grande redesign e um novo número (iPhone 4, 5, 6). No ano seguinte obtém especificações mais poderosas e é adicionado um “S” ao nome (iPhone 4S, 5S, 6S).

Neste ano saiu o 6S, logo no próximo ano sairá o iPhone 7 – com um aspeto totalmente novo.

Quais serão as alterações de design que definirão o iPhone 7? O analista Gene Muster da Piper Jaffray acredita que a Apple pode eliminar o botão “hom” e incorporar um ecrã maior.

“Como muitos têm especulado, a adição da tecnoligia 3D Touch pode providenciar à Apple uma forma de eliminar o botão ‘home’ no smartphone e usar o espaço adicional para tornar o ecrã maior ou fazer com que o aparelho seja mais pequeno”, escreveu ele numa análise. “Uma barreira para isto poderá ser o Touch ID, que está atualmente integrado no botão ‘home’. A Apple terá de mover o leitor de Touch ID potencialmente para o lado do telefone, de modo a remover o botão ‘home’.”

A duração da bateria é uma preocupação para todos os smartphones no mercado. Como diz Munster:

“Uma outra área onde acreditamos que a Apple se possa focar é a duração da bateria. Olhando para os Macs nos últimos anos, a Apple quase que duplicou a duração da bateria para a sua linha de MacBooks (de 5 horas para praticamente 10 horas). Conseguiu-o através de processadores mais eficientes e software. Acreditamos que a duração da bateria é uma das áreas em que há um maior potencial de melhoria, e uma das áreas que mais importam para os clientes.”

Essa não é a única predição de Munster. O analista de produtos Apple acredita que a Apple poderá usar safira para o ecrã do iPhone 7, como já há muito os boatos indicam. A Apple já usa safira para os ecrãs em alguns dos seus modelos de Apple Watch. Isso faria com que fosse mais improvável que o ecrã se despedaçasse devido a quedas ou choques.

Têm havido relatos recentes de que a Apple irá utilizar a tecnologia OLED nos futuros iPhones. Mas esta alteração só deverá ocorrer em 2018 - para o iPhone 8.

Uma das teorias mais audazes sobre o iPhone 7 é que o mesmo poderá ser à prova de água. O iPhone 6S é significativamente mais resistente à àgua do que os modelos anteriores – um YouTuber até deixou o seu smartphone debaixo de água durante uma hora para o provar. Tal tem originado alguma especulação de que a Apple poderá dar um passo em frente com o iPhone 7 e publicitá-lo abertamente como um telemóvel à prova de água.

Já antes foram lançados smartphones de topo à prova de água, mas não pela Apple: o Galaxy S5 da Samsung era à prova de água. E a Apple agora tem experiência em fabricar aparelhos resistentes à água: o Apple Watch tem um classificação IPX7, que significa que pode ser submerso em água a um metro de profundidade durante meia hora.

Ming-Chi Kuo, um respeitado analista da KGI Securities, pensa que o iPhone 7 pode vir a ser o iPhone mais fino de sempre. Ele espera que o aparelho tenha entre 6 e 6,5 milímetros de espessura, bem menos que os 7,3 e 7,1 milímetros apresentados pelo iPhone 6S e pelo 6S Plus.

Como será isso possível?

Há rumores de que a Apple está a considerar eliminar a entrada para fones. Atualmente usa uma entrada padrão de 3,5 milímetros. Tal significa que o iPhone não poderá ficar mais fino do que isso. Mas se remover a entrada, como sugere o Otakara, o blog japonês dedicado a Apple, a Apple estaria assim livre para fazer um aparelho ainda mais fino.

Mas cuidado com esta previsão: O jornal The Independent relatou que o Otakara já antes tinha espalhado falsos rumores. Mas há um precedente para a remoção agressiva de entradas por parte da Apple. No mais recente MacBook removeu todas as entradas menos uma única porta USB – e uma entrada de fones – que é também responsável pelo carregamento, pela ligação a segundos ecrãs e pela conexão a acessórios.

Em outubro, a VentureBeat relatou que a Intel “tem 1.000 pessoas a trabalhar nos chips para o iPhone.” Nessa altura o site de tecnologia afirmou que não pensava que tivesse sido assinado um contrato, mas que tal parecia provável “se a Intel continuasse a atingir as metas projetadas”.

Foram garantidas à Apple múltiplas patentes de tecnologia de eye-tracking que permitirão aos seus aparelhos usarem as câmaras de modo a captarem exatamente para onde é que está a olhar e a modificarem o que é revelado no ecrã. Por exemplo, não exibindo notificações quando não está a olhar.

Mas a Apple tem numerosas patentes que nunca chegaram ao produto final, por isso tal não é um indicador de que seja garantido que essa tecnologia esteja presente no próximo iPhone.

Há relatos de que a Apple está a considerar lançar um smartphone de 4 polegadas e preço mais acessível, chamado iPhone Mini. Iria sair no princípio de 2016 de acordo com o analista Ming-Chi Kuo e preencher um lugar semelhante no mercado ao do colorido iPhone 5C.

Mas também é questionável porque é que a Apple precisaria de um iPhone Mini. O modelo de dois aparelhos começado com o iPhone 6 e iPhone 6 Plus aparenta ser extremamente bem-sucedido, com um foco renovado em convencer utilizadores a abandonar o Android. Se a empresa consegue fazer isso com a sua atual gama de aparelhos, porquê lançar mais um?