4 empresas tentam que todos tenham acesso à internet
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Conheça os esforços da Google, Facebook, SpaceX e OneWeb para que não haja recanto nenhum do mundo sem cobertura de internet.

No último quarto de século a internet passou de uma curiosidade académica para um infraestrutura omnipresente – pelo menos para o mundo rico. Porém, em todo o globo, cerca de 57% das pessoas não têm acesso à internet. Em África o número é de 79%.

Fazer com que as pessoas tenham ligação à internet é importante. Mas também é difícil. Muitos vivem em zonas rurais onde providenciar infraestrutura é mais difícil do que nas cidades densamente povoadas (mesmo nos países ricos algumas populações rurais têm dificuldades de acesso à internet). Neste novo ano, porém, um grupo de empresas tecnológicas esperam mudar isso e providenciar acesso à internet a quase todas as pessoas do planeta

O projeto mais ambicioso é o da Google. O seu “Projeto Loon” (quando foi primeiramente proposto parecia uma ideia louca) planeia espalhar uma série de balões de hélio pelo planeta, carregando cada um deles um transmissor que funciona a energia solar. Os balões funcionarão como estações voadoras de telemóveis e pontos de acesso de Wi-Fi, detetando sinais a partir dos telemóveis e telefones dos utilizadores e enviando-os para estações-base a centenas de quilómetros de distância, e a partir daí para toda a internet.

Os balões não terão propulsores, motores ou quaisquer outros meios de propulsão direta. Mas tal não significa que não possam ser conduzidos. Ao alterar a altitude podem aproveitar as diferentes direções dos ventos. Com balões suficientes e informação suficiente sobre os ventos – parcialmente fornecida pelos meteorologistas e parcialmente fornecida pelos próprios balões – a empresa espera ser capaz de gerir o seu enxame de balões de modo a que quase todos os lugares do mundo tenham cobertura de internet a toda a hora. Já se deu início a experimentações na Nova Zelândia. A empresa espera começar um serviço comercial limitado em 2016, sendo que o Sri Lanka já assinou um acordo para cobertura.

Porém, outras empresas estão no encalço da Google. O Facebook quer construir uma rede semelhante utilizando drones a energia solar direcionados por hélices em vez de balões. Os drones, que diferentemente dos balões da Google podem ser facilmente dirigíveis, deverão estar prontos para testes em larga escala em 2016.

Entretanto a OneWeb, uma empresa de satélites fundada em 2012, e a SpaceX, a empresa de foguetões, querem ambas usar satélites de baixa altitude. Elas esperam que tais satélites possam providenciar um serviço melhor do que o da internet satélite de hoje, que depende de um pequeno número de grandes satélites em órbitas altas, e tende a ser caro e limitado. A OneWeb e a SpaceX planeia lançar centenas e milhares de satélites, respetivamente. O Facebook e a Google deverão lançar numa magnitude superior drones e balões.

As quatro empresas planeia todas ganhar dinheiro através de acordos com as empresas de comunicações locais, desejosas de tapar os buracos nas respetivas redes de cobertura. A Google e o Facebook também terão benefícios indiretos, pois cada pessoa extra com ligação à internet será uma pessoa a mais a quem eles poderão mostrar publicidade.

A Google e o Facebook, ao terem já demonstrado as suas tecnologias em voo, estão à frente dos seus competidores via satélite. A ideia dos satélites foi experimentada (e falhou) antes, durante o boom das empresas dotcom. Mas tal aconteceu quando uma ligação à internet era um luxo. E nos dias de hoje é, cada vez mais, uma necessidade. O mundo desconectado irá esperar que os gigantes tecnológicos consigam supri-la.

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