11 empresas que tentaram comprar o Facebook
Adnan Abidi/Reuters
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Quando o Facebook ainda era uma startup foi alvo de muitas propostas apetecíveis. Mas Zuckerberg teve sangue frio para rejeitar todas.

O Facebook (NASDAQ: FB) tem hoje mais de 1.5 mil milhões de utilizadores ativos por mês. De acordo com O Efeito Facebook, livro de David Kirkpatrick sobre a empresa, descobriu-se que a mesma era um muito popular alvo de fusões e aquisições.

Logo após 4 meses do início do Facebook indivíduos com dinheiro e outros a representarem empresas com dinheiro começaram a fazer fila para pedir ao cofundador e CEO, Mark Zuckerberg, que aceitasse o seu dinheiro e vendesse a empresa.

Obviamente Zuckerberg recusou todas as ofertas – e muitas eram muito mais tentadores do que você imagina.

Em junho de 2004 um financeiro anónimo ofereceu 10 milhões de dólares

O Facebook, na altura TheFacebook.com, ficou online em fevereiro de 2004. Apenas quatro meses depois de começar a ser desenvolvido e antes de qualquer investimento externo. Mark Zuckerberg, com 20 e poucos anos, recebeu uma oferta de 10 milhões de dólares de um financeiro anónimo de Nova Iorque.

“Ele nem por um minuto pensou seriamente na possibilidade de aceitar.” – escreve David Kirkpatrick no seu livro.

O Friendster também tentou comprar o Facebook

De acordo com alguns documentos a que o Business Insider teve acesso uma das primeiras tentativas de compra do Facebook partiu do Friendster – mas o acordo ficou dependente de Friendster conseguir mais uma rodada antes de o Facebook crescer por si próprio. Nunca aconteceu.

No verão de 2004 a Google bateu à porta

Mark e os seus colegas de dormitório em Harvard alugaram uma casa em Palo Alto durante o verão de 2004.

Não demorou muito até “um par de executivos da Google (NASDAQ: GOOG) aparecer para ver se havia forma de trabalhar em conjunto ou até mesmo comprar o TheFacebook.” – declara Kirkpatrick no seu livro.

Em março de 2005 a Viacom colocou 75 milhões de dólares em cima da mesa

Durante a primavera de 2005 o Facebook (ainda TheFacebook) falou com o The Washington Post Company sobre um investimento. Do nada a Viacom (NASDAQ: VIAB) ofereceu 75 milhões de dólares para comprar a empresa. Mark teria ganho 35 milhões – relata Kirkpatrick.

Em vez disso o na altura presidente do Facebook, Sean Parker, utilizou a oferta para regatear melhores condições com o Post (que acabou por saber do negócio pela Accel Partners).

Antes de ser vendida à NewsCorp em 2005 o MySpace queria comprar o seu rival em ascensão

Na primavera de 2005 o CEO do MySpace, Chris DeWolfe, visitou Mark e a sua equipa para “colocar de fora os seus tentáculos quanto à possibilidade de comprar o TheFacebook.” – relata Kirkpatrick.

Mark, o presidente Sean Parker e o conselheiro Matt Cohler encontraram-se com Chris “mas apenas porque achavam que era um tipo interessante e estavam curiosos quanto ao MySpace.”

Seis meses depois a nova empresa mãe do MySpace, a News Corp, teve a mesma ideia

Em janeiro de 2006 o então chefe do digital na News Corp, Ross Levinsohn, levou Mark Zuckerberg e um dos seus principais conselheiros, Matt Cohler, a Los Angeles.

Ross queria comprar o TheFacebook mas temia que o mesma não mantivesse o seu crescimento.

“É essa a diferença entre uma empresa de Los Angeles e uma empresa de Silicon Valley.” – Afirma Mark no O Efeito do Facebook. “Nós construímos isto para durar, e estes tipos [no MySpace] não fazem ideia.”

A Viacom voltou no outono de 2005

A Viacom ainda não tinha desistido do Facebook no final de 2005. Tinham conhecimento de que os espetadores da MTV passavam cada vez mais tempo no site. Então, nesse outono, Mark viajou para Nova Iorque para conhecer o CEO, Tom Freston.

Tom tentou todo o tipo de sinergias entre a MTV e o Facebook. Mark não estava interessado. “Era um encontro não-obrigado.” – avançou uma fonte a Kirkpatrick.

A NBC reuniu com o Facebook em 2005

Kirkpatrick não oferece muitos detalhes mas aparentemente os executivos da NBC resolveram dar uma espreitadela em 2005.

A desesperada Viacom voltou uma última vez em 2006

No início de 2006 o chefe da MTV – Michael Wolf – passou pelo Facebook uma última vez. Zuckerberg disse-lhe achar que a empresa valia 2 mil milhões de dólares.

Algumas semanas mais tarde a Viacom enviou uma proposta de 1,5 mil milhões de dólares – sendo que 800 mil dólares seriam entregues em dinheiro, à partida, e o restante num pagamento posterior.

De acordo com o O Efeito Facebook o Facebook quase cedeu – mas queria um pagamento inicial maior. O CFO da Viacom não pretendia pagar tanto por uma empresa com tão pequenas receitas. O acordo desfez-se e a Viacom nunca mais voltou.

Em junho de 2006 o Yahoo decidiu que tinha de ter o Facebook

No verão de 2006, o Yahoo (NASDAQ: YHOO) decidiu oferecer mil milhões de dólares pelo Facebook.

Os investidores do Facebook e muitos dos seus executivos queriam vender – mas o Facebook estava prestes a lançar o Feed de Notícias e se corresse bem Mark Zuckerberg imaginava que a empresa poderia valer bastante mais do que mil milhões de dólares.

Em qualquer caso o Yahoo diminui a sua oferta para 850 milhões de dólares depois de anunciar um terrível lucro com o Q2. De acordo com o O Efeito Facebook o conselho do Facebook levou 10 minutos a rejeitar a oferta.

Em 2006 a AOL também considerou o Facebook

O CEO da AOL, Jonathan Miller, decidiu que queria comprar o Facebook em meados de 2006.

Até convenceu a CEO da Time Inc., Anne Moore, para se juntar ao acordo antes de o levar à empresa mãe da AOL – Time Warner. O seu plano: a AOL vendia a MapQuest e a Tegic. A TimeInc vendia a IPC. Juntos ofereceriam mil milhões de dólares.

O CEO da Time Warner, Jeff Bewkes, vetou a ideia. Kirkpatrick escreve:

“Ele disse que se podiam viver sem essas empresas podiam vendê-las – e entregar o dinheiro à empresa mãe.”

O Yahoo voltou no outono de 2006

No outono de 2006 o Yahoo voltou ao Facebook e sugeriu pagar mil milhões de dólares ou mais.

Mas nessa altura o Facebook tinha aberto o site a toda a gente – para além de universitários e alunos de liceu.

Os registos aumentaram de 20.000 por dia para 50.000 por dia – relata Kirkpatrick. Até mesmo Jim Breyer, investidor do Facebook ansioso-por-uma-saída, concordou em deixar passar o negócio.

Um tipo que não estava de acordo, o COO do Facebook (Owen Van Natta), também não demorou muito mais tempo na empresa.

Tim Armstrong convenceu o conselho da Google a deixarem-no fazer uma oferta pelo Facebook em 2007

No outono de 2007 o principal vendedor de anúncios da Google, Tim Armstrong, convenceu o conselho da empresa a deixá-lo apresentar uma proposta em como a Google seria responsável pelos anúncios internacionais do Facebook.

“O conselho chegou a aprovar conversas sobre a compra [do Facebook] se fizesse sentido.” – Escreve Kirkpatrick.

A Google nunca obteve o acordo mas a sua oferta de investir no Facebook com uma avaliação de 15 mil milhões de dólares remodelou a empresa de Mark Zuckerberg para sempre.

“Porque é que não vos compramos por 15 milhões de dólares?” – Perguntou o CEO da Microsoft a Mark Zuckerberg.

Determinado em manter o Facebook longe da Google, o CEO da Microsoft, Steve Ballmer, quis comprar a empresa em 2007. Steve sabia que Mark nunca abriria mão do controlo sobre o Facebook logo sugeriu um acordo baseado na aquisição da Hoffman-LaRoche pela Genentech.

Kirkpatrick explica: “A Microsoft adquiria uma pequena participação no Facebook com uma avaliação de 15 mil milhões de dólares. De seguida a Microsoft teria a opção, a cada seis meses, de comprar outros 5% do Facebook. A aquisição completa da empresa levaria 5 a 7 anos.”

A aquisição nunca se deu mas a Microsoft (NASDAQ: MSFT) chegou a comprar 1.6% do Facebook por cerca de 250 milhões de dólares. Esse acordo, que colocou o valor do Facebook em 15 mil milhões de dólares, estipulou que o Facebook teria de notificar a Microsoft se ponderasse seriamente aceitar uma oferta de compra da Google.

De acordo com o “O Efeito Facebook” o Facebook nunca mais recebeu ofertas...

Uma razão: o investimento de 247 milhões de dólares da Microsoft, que fixou o valor do Facebook nos astronómicos 15 mil milhões de dólares, estipulou que o Facebook teria de notificar a Microsoft antes de considerar uma oferta de compra por parte da Google – praticamente a única outra empresa no mundo que poderia pagar tanto por uma start-up de tecnologia sem receita.

Se o Facebook alguma vez fosse vendido – a alguém além do público numa oferta pública inicial – seria à Microsoft ou a uma empresa que faça uma oferta à qual a Microsoft tenha optado por não corresponder.

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