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No meio dos edifícios banais que surgem todos os anos há sempre alguns que nos conseguem deslumbrar.

Os mais belos novos edifícios do mundo – por “novos” referimo-nos aos últimos três anos do mundo da arquitetura – aplicam-se a todos os aspetos da vida. Há edifícios destinados especificamente ao culto, ao trabalho de escritório, à vida diária e à educação. Cada um parece redefinir como os prédios podem, ou devem, parecer. Seguem-se aqueles de que mais gostámos.

Inaugurado no final de 2014 em South Brisbane, Queensland, na Austrália, o Hospital Pediátrico Lady Cilento destaca-se pela sua fachada com ripas verdes e exterior em formato de caixote.

Os visitantes passam por uma experiência totalmente nova só ao olharem para cima: árvores artificiais projetam-se para o átrio principal à medida que se sobe cada andar.

Há folhagem viva no telhado – o que proporciona um espaço ensolarado para andar ou estar.

Falando de folhagem: a arquitetura verde não fica mais “verde” do que no Bosco Verticale (“floresta vertical”), um conjunto de arranha-céus em Milão concluídos em meados de 2015.

Os arranha-céus ficaram em segundo lugar nos prémios Emporis Skyscraper do ano passado. Os edifícios têm mais de 700 árvores e 90 espécies de plantas.

Outro premiado é o Interlace Building, em Singapura. Ganhou o primeiro prémio no World Architecture Festival de 2015 e foi considerado o Edifício do Ano.

Edifícios hexagonais com design de caixa de sapatos encaixados entre si para criar um complexo de apartamentos onde há sempre pequenos recantos por descobrir.

Depois há belezas mais simples como a adequadamente denominada Ribbon Chapel, no Japão. Abriu há pouco mais de um ano.

O World Architecture Festival também reconheceu o recentemente remodelado Estádio de San Memés, em Biscaia, Espanha. O estádio original foi construído há 100 anos e recentemente renovado (em 2013).

Alguns edifícios não necessitam de introdução para se apreciar a sua elegância – como a Ivy Bound International School em Banguecoque, na Tailândia.

O mesmo pode ser dito para a Hitachino Orthopedics Clinic em Ibaraki, no Japão, concluída em 2014.

As longas paredes brancas apresentam um design semelhante a uma rede – que pode ser vertiginoso ao olhar.

A sede da Microsoft em Copenhaga, na Dinamarca, toda em vidro – recém-inaugurada no início de 2016 – também demonstra o poder de regressar ao básico.

Inspirada por uma nota de Bill Gates, escrita há 10 anos, o interior apresenta espaços para trabalho colaborativo, salas de reuniões transparentes e muito espaço para deixar a mente vaguear.

Por vezes é difícil encontrar a beleza – como é o caso com o Maggie’s Centre, escondido numa arborizada região de Oxford, no Reino Unido. Foi inaugurado no outono de 2014.

A instalação de beneficência ajuda pacientes com cancro a assumirem um papel mais ativo no seu tratamento, oferecendo apoio emocional e prático.

As casas também podem ter uma ligação com o mundo natural – como a Pound Ridge House em Pound Ridge, Nova Iorque, terminada em 2014.

Vista do exterior a casa é quase invisível devido aos espelhos – exceto à noite quando as luzes estão acesas. Aí as janelas tornam-se transparentes.

Os arquitetos da casa afirmam que os seus materiais permitem uma grande quantidade de armazenamento de energia solar em dias ensolarados no inverno (o que também ajuda a aquecer a casa) e que as ripas criam ventilação durante os meses mais quentes.

A Light of Life Church na Coreia do Sul – terminada em dezembro de 2014 – é, de certa forma, um misto de todos os belos edifícios acima descritos: luxuosa, imponente, vidrada no exterior...

... E naturalista, inesperada e totalmente espetacular no interior.

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