Dinamarca e Suécia reforçam controlos fronteiriços
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Depois da Suécia reforçar os seus controlos na fronteira com a Dinamarca é a vez da Dinamarca fazer o mesmo na fronteira com a Alemanha.

Apenas algumas horas depois de entrarem em vigor as regras suecas que obrigam a que os passageiros que cheguem à Suécia a partir da Dinamarca mostrem identificação, o governo dinamarquês decidiu reforçar os controlos fronteiriços com a Alemanha.

O primeiro-ministro dinamarquês Lars Loekke Rasmussen disse o seguinte em declarações a jornalistas em Copenhaga:

“Estamos a introduzir controlos fronteiriços temporários, mas de forma equilibrada”.

Os controlos dinamarqueses são temporários e estarão em vigor nos próximos 10 dias, mas poderão ser prolongados. Diferentemente das medidas suecas, envolvem verificações aleatórias e não irão requerer que todos os carros e passageiros vindos da Alemanha mostrem a sua identificação.

Estas decisões somam-se assim a outras medidas tomadas por países da União Europeia no sentido de suspender parcialmente o acordo de abertura das fronteiras internas, depois de um milhão de imigrantes terem entrado na União Europeia em 2015.

“Se a União Europeia não consegue proteger as suas fronteiras externas, veremos cada vez mais países obrigados a introduzir controlos temporários de fronteiras”, acrescentou Loekke Rasmussen.

Explicou ainda que a medida dinamarquesa surge como uma resposta aos novos controlos de identificação introduzidos pela Suécia para todos os passageiros de comboio e autocarro, que ao dificultarem a passagem de migrantes para a Suécia fazem com que haja um sério risco de acumulação dos mesmos na Dinamarca, o que por sua vez, segundo o primeiro-ministro dinamarquês “ameaça a ordem pública e a segurança”.

O governo sueco decidiu estreitar os seus controlos fronteiriços depois de 160.000 pessoas terem solicitado asilo no país o ano passado, o número mais alto registado depois da Alemanha. A maioria dessas pessoas são originárias da Síria, Iraque e Afeganistão.

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