A oposição síria estuda a proposta da ONU
AP
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O principal grupo opositor sírio está a estudar uma proposta do mediador das Nações Unidas, Staffan de Mistura, que poderia achar o caminho para que a delegação siga adiante com as negociações depois de realizar a primeira reunião no domingo, segundo informou uma fonte diplomática.

Representantes da Comissão Superior de Negociações, apoiada pela Arábia Saudita e que inclui militantes e políticos que se opõem ao presidente Bashar al-Assad, alertaram que poderiam se retirar das negociações em Genebra, a menos que o sofrimento dos civis, causado pelo conflito que já dura há cinco anos, seja aliviado.

Enquanto isso, com as explosões de um carro-bomba e dois suicidas que mataram mais de 60 pessoas perto de um sítio sagrado xiita no domingo, o chefe da delegação do governo sírio disse que estes eventos confirmam o vínculo entre a oposição e o terrorismo, apesar do Estado Islâmico ser excluído das negociações. O Estado Islâmico reivindicou os ataques no distrito Sayeda Zeinab de Damasco, segundo a Amaq, uma agência de notícias que apoia o grupo.

A ONU aponta para seis meses de negociações cujo objetivo era atingir um cessar-fogo, para posteriormente focar-se num acordo político que ponha fim a uma guerra na qual morreram mais de 250 mil pessoas.

O porta-voz da Comissão Superior de Negociações, Salim al-Muslat, descreveu as negociações com de Mistura como muito positivas e alentadoras, "devido aos assuntos humanitários". A delegação reuniu-se por várias horas no domingo à noite para discutir a proposta.

Fontes próximas do enviado especial da ONU informaram que de Mistura se reunirá com a delegação do governo sírio nesta segunda-feira às 11 hora local, e com a Comissão às 17h.

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