Alterações climáticas não facilitam recordes olímpicos no Rio de Janeiro
Ricardo Moraes/Reuters
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O Brasil tem aquecido mais rápido do que a média global

Os atletas dos Jogos Olímpicos poderão ter dificuldade em superar recordes mundiais na medida em que competem com o aumento das temperaturas no Brasil, causado pelas alterações climáticas.

Os maratonistas, nadadores, jogadores de vôlei e até mesmo árbitros de futebol poderão sucumbir ao calor extremo e perder a concentração durante os Jogos – de acordo com um relatório lançado esta segunda-feira pelo Observatório do Clima, um grupo da sociedade civil brasileira.

De acordo com o relatório:

“O esporte nunca mais será o mesmo devido ao aquecimento [global].”

O Brasil tem vindo a aquecer mais depressa do que a média global, tendo as suas temperaturas médias subido 1ºC nos últimos 54 anos, de acordo com o relatório – que destaca que quatro cidades brasileiras alcançaram recordes de calor em 2015. Se os países não cumprirem as metas internacionais para limitar o aumento da temperatura a nível global para “muito abaixo” de 2ºC, 12 cidades brasileiras poderão ter de limitar partidas desportivas semelhantes até ao final da década.

Aquecimento no Brasil

Embora os Jogos estejam decorrendo durante o inverno brasileiro, o calor poderá perturbar o desempenho dos atletas – especialmente na maratona, onde apenas se superaram recordes em temperaturas abaixo de 12ºC. Os maratonistas apresentam melhor desempenho entre 8ºC – 11ºC, muito abaixo do nível esperado este mês no Brasil, de acordo com o relatório.

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