Hoje em dia há notícias sobre criptomoedas em todo o lado. Porém, há algo que geralmente não é mencionado – nomeadamente em artigos que falam em riquezas astronômicas alcançadas em pouco tempo: a questão tributária.
O Internal Revenue Service (IRS) dos EUA começou emitindo diretrizes sobre tributação relacionada com criptomoedas – com Bitcoin em particular – em março de 2014. Nessa altura, a agência anunciou que a Bitcoin deveria ser considerada propriedade, com as perdas ou ganhos relacionados sendo tratados como perdas ou ganhos de capital em termos fiscais.
Porém, considerando as raízes cripto-anarquistas das criptomoedas, em particular da Bitcoin (a maior criptomoeda), talvez não seja surpreendente que alguns indivíduos tenham ignorado a questão tributária. Muitos acreditam que uma vez que a Bitcoin (Bitcoin) é pseudo-anônima, não há forma do IRS descobrir os seus ganhos tributáveis. Contudo, podem estar errados.
A Bitcoin não é tão anônima como muitos pensam. São diversas as empresas que exploram a sua blockchain, procurando ligar as contas de Bitcoin aos seus proprietários. Mais: no início deste mês se tornou público que o IRS celebrou uma parceria com uma empresa chamada Chainalysis para monitorizar traders de Bitcoin envolvidos em trading de alta frequência e elevado volume.
O IRS se tem focado recentemente na Coinbase, exigindo que esta revele a identidade de indivíduos que tenham negociado mais de 20.000 dólares de Bitcoin por ano entre 2013 e 2015. É provável que o IRS esteja correto na sua crença de que muitos detentores de Bitcoin se encontram fugindo aos impostos. Em 2015, apenas 802 americanos declararam ganhos e perdas de capital relacionados com criptomoedas.