Diversas grandes empresas com sede na Catalunha estão planejando a mudança da mesma para outras partes da Espanha
Recentemente, 90% dos catalães votaram a favor da independência da Catalunha frente a Espanha (em referendo – não reconhecido pelo governo espanhol – a 1 de outubro). A votação contou com forte abstinência (apenas 43% dos eleitores votaram) e se encontra ensombrada por uma série de controvérsias.
No seguimento do referendo diversas grandes empresas com sede na região estão planejando a mudança da sua sede para outras partes da Espanha (se destacando que na sexta-feira passada o governo espanhol emitiu um decreto que veio simplificar a alteração da sede social das empresas).
Confira seis exemplos de peso.
1. Caixabank
O terceiro maior banco da Espanha, o Caixabank (BM: CABK.BM), anunciou que irá mudar a sua sede de Barcelona para Valência, uma vez que a sua prioridade é a proteção dos seus “clientes, acionistas e funcionários” contra a instabilidade política e social.
2. Banco Sabadell
O Sabadell (BM: SAB.BM), um dos maiores bancos da Catalunha, decidiu transferir o seu escritório regional para Alicante. Os bancos serão especialmente afetados se a independência for proclamada pois perderão acesso aos mercados europeus (a Catalunha ficará automaticamente de fora da União Europeia).
3. Colonial
A Colonial, uma das maiores empresas do setor imobiliário do país, avançou esta segunda-feira que planeja transferir a sua sede para a capital, Madrid.
4. Gas Natural Fenosa
A companhia elétrica avançou na semana passada que a incerteza associada aos mais recentes eventos na região a forçou a se mudar para Madrid para proteger “os interesses da empresa, dos seus clientes, dos seus funcionários e dos seus credores e acionistas.”
5. Dogi International Fabrics
A fabricante de têxteis Dogi International Fabrics (BM: DGI.BM) também já avançou que planeja a sua mudança para Madrid.
6. Oryzon Genomics
A empresa de biotecnologia avançou na semana passada que se mudará de Barcelona para Madrid para “otimizar a sua eficiência operacional e as suas relações com os investidores.”
Se a tensão na região continuar aumentando é provável que o número de empresas abandonando a Catalunha aumente significativamente.